quarenta e quatro

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bárbara passos
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authors note.

gatilhos presentes nesse capítulo, se for sensível favor não leia, lembrando que a autora não concorda com nenhuma das atitudes do personagem masculino, isso é apenas ficção.

— Deixe-me ver seu rosto. — Ele demandou. 

Tentei passar por ele mas ele agarrou meu braço me puxando para trás. Não entendi por que ele estava agindo de forma abusiva. 

— Estou bem. — Eu respirei. 

Eu estava de cabeça baixa esperando que meu cabelo cobrisse meu hematoma. Ele colocou o dedo sob meu queixo levantando minha cabeça. Ele hesitantemente usou o dedo para tirar meu cabelo do rosto. Eu vi enquanto ele observava a marca que permaneceu no meu olho.

Eu sabia que ele estava ficando chateado porque vi a forma como sua mandíbula estava cerrada. Ele está chateado por ter feito isso comigo, ou ele só está bravo porque eu menti e disse que estava bem? Estava latejando e estava bem ao lado do meu olho. O que tornou difícil para mim piscar. 

Victor e seus amigos decidiram que deveriam parar em um hotel para descansar um pouco.  Eu deveria ter esperado que ele quisesse que nós dividíssemos um quarto ... e uma cama. Eu ainda não sabia onde estávamos. Cada vez que eu perguntava a ele, ele me ignorava completamente. Ele estava me tratando como eu o tratei no início. 

Talvez eu mereça isso, pensei.

— Não faça isso. — Sussurrei quando o vi levantando o dedo para passar sobre o machucado

Doeu muito, eu esperava não ter tido uma concussão porque eu tinha batido minha cabeça com muita força contra o interior do vidro. 

— Deixe-me consertar para você. — Ele disse suavemente. 

Eu agarrei seu pulso puxando seu dedo do meu queixo. 

— Eu não quero você me tocando. — Eu disse, enquanto o observava. 

Uma pequena risada escapou de seus lábios, confirmando suas horríveis mudanças de humor. 

— Eu não preciso de permissão para tocar em você. — Ele disse enquanto mordia o lábio. 

— Então por que você não fez quaisquer avanços sexuais reais sobre mim então? Você sabe que se você fizesse eu te odiaria. — Eu argumentei de volta.

— Neste ponto, eu não dou a mínima para você me odiar. E também se você queria que eu te tocasse, tudo que você tinha era que pedir — Eu observei seu famoso sorriso malicioso cruzar seu rosto. 

Ele estava sendo nojento. 

Eu não sabia se era a falta de meu amor que estava causando isso. 

— Eu posso te amar, mas não peço permissão para nada, baby. — Ele respirou. 

Seu rosto estava bem na minha frente. Eu podia ouvir o quão pesado ele estava respirando, o quanto ele queria realmente me tocar. Eu podia ver na maneira como ele sempre olhava para os meus lábios. Ele me empurrou contra a parede, quase gritei. Foi tão repentino e forte. 

Ele se inclinou colocando seu rosto no meu pescoço. Não parecia que ele estava em seu estado de espírito certo, o que acontecia todos os dias em que estive com ele. 

— Eu amo você. — Senti sua respiração quente em meu pescoço. 

Eu não deveria permitir isso. Ele basicamente estava encorajando que ele poderia me estuprar a hora que ele quisesse. Tudo estava indo tão bem, eu só não sabia o que aconteceu? 

— Eu não. — Eu sussurrei para mim mesma. 

Senti seu corpo ficar tenso, ele ergueu a cabeça. Me observando com olhos irritados. 

— Você deve me lembrar? — Ele questionou estreitando os olhos para mim. 

Fiz um avanço para passar por ele esperando que ele parasse de me incomodar, mas isso o deixou ainda mais chateado. Ele empurrou meu corpo contra a parede. 

— Eu não terminei, pare de se afastar de mim. — Ele disse suavemente. 

Eu engoli em seco tentando me recompor para não atacar. Duas cabeças quentes só levam a mais fogo ... certo?

— Beije-me como se realmente quisesse. — Ele sussurrou. 

Eu franzi meus olhos. É disso que se trata, ele pensa que eu o beijei porque tive pena dele? Eu queria que fosse falso. 

— Não era falso. — Suspirei. 

— Você está mentindo

— Não, não estou. — Eu argumentei de volta. 

Senti uma lágrima ameaçando cair do meu olho. Eu agarrei seu rosto olhando profundamente em seus olhos castanhos.  Inclinei-me lentamente, plantando espontaneamente meus lábios nos dele. Seus lábios eram suaves e eu podia dizer que ele teve experiência em beijar mulheres. Sua mão estava em volta da minha cintura, enquanto a minha segurava seu rosto. Inclinei minha cabeça para o lado aprofundando o beijo muito aquecido, suas mãos começaram a vagar pelo meu corpo. Até que a porta do nosso quarto de hotel se abriu. 

— Uau, desculpe pelo bloqueio do pau entrar na toca — Arthur disse. 

Seus olhos estavam saltando das órbitas. Ele parecia ter visto um fantasma. Ele começou a se mexer desconfortavelmente em pé. 

— O que você quer? — Victor perguntou ele estava irritado. 

Depois de ver a inquietação de Arthur, nunca mais me virei, comecei a me sentir um pouco envergonhada.

— A reunião é no quarto de hotel de Gabriel. — Ele disse.

Eu ouvi a porta fechar rapidamente. Estou supondo que Arthur fez algo engraçado porque quando eu olhei para Victor havia um sorriso malicioso em seu rosto.

— Uma reunião para o quê? — Eu perguntei suavemente.

Ele se inclinou me observando intensamente.

— Eu quero beijar você de novo. — Ele disse enquanto fazia uma careta, um pequeno sorriso apareceu em meus lábios apenas olhando para ele.

Eu me inclinei hesitante dando um selinho, quando eu afastei seus olhos ainda estavam fechados, ele os abriu lentamente, ele não parecia feliz como antes. Ele parecia preocupado.

— O que isso significa para nós? — Ele sussurrou.

Eu não tinha ideia.

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