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— Você não poderia ter feito isso — Ela sussurrou enquanto colocava a mão suavemente sobre a boca.
Eu estudei suas feições de perto. Observei uma mecha de seu cabelo cair em sua testa.
— Tudo isso aconteceu na empresa do seu pai? — Ela perguntou, eu não sabia o que dizer a ela.
Suspirei sentando suavemente na mesa que estava em frente a sua cadeira.
— Sim. — Eu disse, meus olhos encaravam profundamente os dela, procurando por qualquer forma de julgamento.
— Estou confusa, por que foi queimado? Eu matei Mirella no prédio da empresa de seu pai? — Ela saiu correndo.
Eu vi a vulnerabilidade em seus olhos, ela finalmente estava expressando algum tipo de emoção.
— Precisávamos de uma maneira de encobrir o tiroteio, então causamos um incêndio acidental. — Eu disse suavemente.
Seus olhos se arregalaram quando as palavras deixaram minha boca.
— C-como? Eu sou a razão disso, todas aquelas pessoas morreram ...? — Ela perguntou perturbada.
Ela passou os dedos pelos cabelos de forma frustrante. Eu gentilmente agarrei seus pulsos forçando-a a voltar à realidade, embora eu soubesse que isso a estava atingindo com força.
— Nós evacuamos o prédio. Eu apertei o alarme. Eu não faria isso ... — Expliquei.
Ela olhou nos meus olhos, mas eu senti como se ela não acreditasse em mim. Eu não sou tão louco.
— Seu pai está bem? Alguém estava mach-? — Ela perguntou.
Eu definitivamente não esperava que ela fizesse essa pergunta.
— Ele não estava no prédio hoje. — Eu respondi.
Seus olhos começaram a lacrimejar de repente, quando ela percebeu que eu percebi ela desviou o olhar rapidamente. Coloquei minhas mãos suavemente sobre as dela. Nós dois ficamos sentados em silêncio, eu a escutei enquanto o vento colidia com as janelas do condomínio. A frágil garota sentada na minha frente já teria ido embora, a garota que tinha medo de ver sangue, morte, armas teria ido embora.
Em vez disso, alguém que estava irreconhecível logo tomou o seu lugar.
bárbara passos point of view
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