Por Off Jumpol
—Eu prometo, te amar e respeitar, entender e apoiar, me comprometo a ser teu dia após dia e...
—Papii, eu já entendi. —Meu Gun murmurou rindo sentado na sala de estar da casa do meu avô, em suas mãos os papéis que eu mesmo assinara naquela semana.
Para ser honesto, nunca em todos os meus anos de vida, podia ter imaginávamos que me pegaria feliz em um momento como aquele.
Eu cresci em uma família tão semelhante a monarquia, que pareci viver todos os altos e baixos das relações da corte. Desde traições, mentiras, tentativas de assassinato, essa inclusive que meu Gun havia se responsabilizado incoerentemente.
Tudo isso, em prol do homem que descia a escada lentamente a nossa frente, nos observando surpreso.
Meu Avô, o senhor Adullkttiporn.
Gun parecia feliz e relaxado, então por mim estava tudo bem, ao menos temporariamente, estar dentro daquela casa novamente.
—Vovô. —Chamei, o senhor que apertava a bengala em suas mãos, se aproximou timidamente, os olhos maliciosos colados em Gun, que usava um terno branco, o que me remetia muito a um casamento. Daí vinha a brincadeira que eu fiz minutos antes. —Tenho algo a lhe declarar, desculpe invadir sua casa a essa hora.
—A casa também é sua Off, mas por que seu amigo veio também?
Sorri largamente.
—Você se lembra de Gun? —Estendi minha mão na direção de meu pequeno e o chamei para mim. —Esse é meu noivo, Gun Atthaphan. Ter venha cá.
De bom grado o pequeno se levantou e segurou minha mão com a sua.
—Desculpe, acho que não entendi.
—Vovô, sabia que eu odeio que mexam com o que me pertence? —Desviei o olhar para o senhor de idade, que por muitos anos eu pensei ser meu maior protetor.
O homem a minha frente encobriu meu pai, quando ele tentou me matar e matou minha mãe diante de mim.
O homem a minha frente, ajudou Luna a dopar o rapaz que amo, o deixando vulnerável na frente de duas pessoas que podiam machuca-lo.
Ele não era realmente o vilão da história, porque de vilania, em uma história real, todos nós temos um pouco.
Mas ele era a pessoa sem caráter que exigia meu respeito, quando nunca me respeitou.
—Vovô, ontem a noite eu mandei o toxicológico de Gun para a polícia e denunciei Oab e Luna, eles disseram à polícia que foi o senhor que os induziu.
—O que disse? Espera você vai se casar com esse garoto e ainda quer me caluniar? Ora Off eu não o criei assim.
—Sente-se Vovô.
O senhor a minha frente, respirou fundo, sua mão tremia de pura raiva quando ele se sentou em sua poltrona de couro branca.
—Eu vim lhe entregar uma cópia dos documentos, passei todas as propriedades e empresas no meu nome para o nome de Gun e Maitê.
Era isso, como tirar um enorme bandaid, não me sentia culpado nem angustiado de forma alguma, mas meu avô ficou subitamente vermelho, levando Gun a se inclinar na direção dele preocupado. Meu Gun era uma pessoa boa de mais para esse mundo, mesmo que seu egoísmo tivesse o levado a estar comigo depois de todas as merdas que fiz, na verdade eu agradecia a esse egoísmo.
Por ele eu fui capaz de dar apenas um soco no rosto de Oab pela manhã, quando pacientemente o esperei na frente da delegacia. Os policiais prontamente me seguraram e eu pude encarar aquele saco de merda caído no chão, com o nariz sangrando.
—Agora você sabe o que acontece, quando mexem com o que é meu. —Minha fala veio com um sorriso. —Principalmente com quem eu amo.
No momento atual, eu entregava com muito alívio aquelas cópias de contratos nas mãos do meu avô, cujo os olhos pareciam prestes a saltar do rosto.
—Off?! O que você está fazendo conosco?
—O pai de Gun, tinha provas da tentativa de assassinato contra mim, eu entreguei tudo a polícia, você e papai... Não tem mais a fortuna de antes, não vão conseguir se safar dessa vez.
Vovô, caiu da poltrona de joelhos diante de mim, como um conselheiro do rei destronado, que implora clemência. Meus olhos se tornaram duros instantaneamente.
Era libertador, dizer tudo aquilo, fazer tudo aquilo. Diante da pessoa que mais me pressionou a perfeição em toda essa vida.
Esse alguém que exigiu de mim, tudo o que ele mesmo não tinha em si. Que quase me destruiu em prol de tudo o que esse papéis em suas mãos significavam.
—Você fez isso consigo mesmo vovô! Esse aqui é o ponto final dessa história fantasmagórica.
A esse ponto, tudo o que posso fazer é tomar a mão do verdadeiro dono de todo o império que construí. E rumar porta a fora.
Nosso caminho não é interrompido pelos gritos angustiados de vovô, que logo levou o pessoal da cozinha a correr para a sala, tentando o acudir.
—Senhor Jumpol! —Eu apenas sorri, apertando a mão de Gun com força, em quanto corríamos porta fora.
Com uma chuva de arroz imaginaria, aquele podia ter sido realmente nosso casamento. Eu não me importaria, desde que no final do dia, esse alguém que segura minha mão com firmeza fosse meu, eu seria o homem mais feliz do mundo.
Entramos no meu carro, eu prontamente nos dirigi de volta a nossa casa. Gun começou a rir baixinho, abrindo a janela do carro.
—O que vai fazer? —Eu perguntei, me virando para o encarar, abrindo a pasta cor de areia e começando a jogar a cópia dos documentos pela janela. —Ei! Essas são nossas únicas cópias, o que está fazendo?
—Papii não deveria fazer isso, você não tem dívida com minha família, nós que temos com você.
—Isso é absurdo Ter... Maitê estava certa, sua mãe morreu por que minha família não fez o que deveria, pagar o tratamento dela.
—Papii, mamãe morreu por que estava doente, isso não é culpa de ninguém.
Silêncio, ele fecha o vidro enquanto uma chuva de papéis grandes fica para trás.
—Eu amo você Papii, não pense que me deve algo, a não ser que seja seu coração, nesse caso saiba que me deve ele.
Minha reação é rir alto e parar o carro, diante das estrada onde o sol se punha no horizonte.
—Eu vou me casar com você Ter, e viver essa vida e as próximas ao seu lado.
—Promete? —Ele perguntou vermelho, eu me curvei em sua direção para beijar aqueles lábios vermelhos.
Eu prometo Gun, eu te aceito como você é, meu primeiro e único, você é o único que pode realmente me ver.
Nunca... Nunca me esqueça.
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primeiro e único • OffGun
ФанфикEles foram colegas de escola. Amigos de infância. Namorados de adolescência. Agora ele é o chefe da sua mãe. Mas aquele homem, ainda o vê da mesma forma que viu no passado. Seu pequeno amado. E apenas >seu DARK ROMANCE < 1º em OffGun 26/07/22