A verdade funciona como um termômetro, para todas as relações sociais. O quanto a verdade pode fazer duas pessoas desistirem de estar juntas, indo do quente ao frio em segundos.
O quanto você verdadeiramente a ama? O quanto você está disposto a abrir mão.
Essa é a temperatura da verdade. Como o fogo ou como o gelo. Uma hora ela se apresenta.
Luna bebericava o café, diante de um Off de ressaca, avaliou a roupa toda amarrotada, o rosto emburrado e o cabelo em uma bagunça não habitual.
—Acho que Nong Gun não o valoriza. —Ela murmurou, fazendo o rosto distante do homem se tornar subitamente presente.
Isso era uma verdade ou uma mentira? Off realmente queria ter uma visão clara sobre isso. Se ele fez muito por Gun, ou se não fez nada. Se Gun não o valorizava ou ele realmente nunca tinha se dado ao valor para Atthaphan.
—Você fez muito por ele, cuidou dele mesmo sendo filho adotivo da amante que jogou o nome da sua mãe e a reputação a lama. E é assim que ele o trata?
Off mordiscou o lábio, tentando entender o que sua noiva enxergava na situação toda.
—Talvez Off, ele seja apaixonado por você... Dizem que ele é gay né.
Ele sabia, bufou voltando a encarar a mesa da casa de seu avô, como se tentasse ignorar a voz irritante. Mas sabia que a fama de gay iria se espalhar pelo fato dele estar oficialmente como Oab, como ele foi o último a saber?
—Quem é gay? Bom dia minha querida. —O seu pai beijou a bochecha de sua noiva se sentando na mesa, a bagunça do filho não passou despercebida e ele não pode deixar de sorrir. —Mais uma noite de bebedeira filhote?
—Faça-me o favor, eu preciso ir. —Se levantou apanhando o paletó, mas o som da bengala se aproximou junto com a ordem.
—Sente-se Jumpol.
Instantaneamente, Off se sentou, soltando o paletó. Seu avô entrou no ambiente, sentando na enorme mesa de vidro.
—Vejo que isso te abateu hoje meu neto.
Isso? Para Off definitivamente não era algo pequeno, mas ele engoliu em seco rangendo os dentes. Seu avô lhe lançou um sorriso muito satisfeito.
—O pequeno Gun Atthaphan conseguiu um namorado rico?
—Sim vovô, como contei para o senhor. —Luna continuou, de certa forma querendo testar o limite de Off.
Limite esse que Off nunca teve.
—Todos sabiam menos eu? O que eu sou aqui? Uma piada? O meu trabalho que mantém esses luxos de vocês três!
—Jumpol!
—Eu quero saber papai, quando você era o herdeiro de ouro e podia fazer o escândalo público que queria, chegou a pensar no seu filho? —O pai dele revirou os olhos achando graça da piada. Mas para Off, toda aquela pressão auto imposta, que o levava aquela posição, começava se mostrar como o seu pior inimigo. Ele estava perdendo por entre seus dedos, escapando como água, a única coisa que ele quis manter em sua vida.
—Parece que o fantasma da família falida dos Phunsawat nunca vai deixar essa casa. —O outro idoso resmungou, servindo uma xícara de café. —Chegaram tão baixo que além de depender de nossa bondade, ainda gostam de se enfiar na cama dos mais fracos. Afinal meus dois herdeiros compartilharam a mesma mulher.
Off abaixou a cabeça contrariado, assim como o seu pai. Ele realmente detestava esses cafés em família.
—Me pergunto vovô. O que isso significa. —Luna questionou com a voz suave. —Esta dizendo que...
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primeiro e único • OffGun
Fiksi PenggemarEles foram colegas de escola. Amigos de infância. Namorados de adolescência. Agora ele é o chefe da sua mãe. Mas aquele homem, ainda o vê da mesma forma que viu no passado. Seu pequeno amado. E apenas >seu DARK ROMANCE < 1º em OffGun 26/07/22