Hear Your Heart

Demons

Deixem o voto, não esqueçam 🌟

"Eu quero esconder a verdade, eu quero proteger você, mas com a fera dentro, não há onde nos escondermos, não importa o que fazemos ainda somos feitos de ganância, este é o meu destino, este é o meu destino".

Imagine dragons - Demons.

Min Yoongi

Minha família nunca teve muita grana, e foi muito difícil para minha mãe me criar, principalmente ela sendo mãe solteira, passamos por muitas coisas juntos, desde passar fome a sermos humilhados pela sociedade.

Minha mãe trabalha com a família Jung desde que eu tinha uns dez anos, Hoseok e eu fomos criados praticamente juntos, mesmo eu sendo tratado como se fosse da família nunca deixei de saber qual era meu lugar.

Por isso me dediquei a estudar e fazer o meu melhor para não dar trabalho para minha mãe. Consegui uma bolsa na faculdade e com o dinheiro que eu guardei de trabalhos de meio período que fiz na adolescência consigo me manter na faculdade, agora sou assistente do professor Dong Wook e isso me ajuda também, apesar de eu me sentir culpado.

Eu não sei como acabei me metendo nessa merda toda, talvez eu tenha sido ingênuo no começo, ou apenas ambicioso, o fato é que eu devia ter parado logo quando percebi que tinha algo errado, porém não fiz e tudo se tornou uma bola de neve a qual cada vez ficou maior e mais difícil de controlar.

Começo do semestre...

Escutei batidas na porta e logo fui ver quem era, estava muito cedo para ser o meu colega de quarto, eu fui mais cedo porque tinha muitas coisas para resolver, então me instalei umas duas semana antes.

— Em que posso ajudar? — Perguntei, ele estava de terno, muito bem-vestido e com um sorriso simpático no rosto, não desconfiei de nada em nenhum momento.

— Você é Min Yoongi?

— Sim, por quê?

— Me chamo Kim Chan Lee, posso entrar? Gostaria de falar com você. — Eu comecei a achar estranho, mas nada que me alarmou muito.

— Sobre o que seria? — Perguntei desconfiado.

— Eu sou pai do seu colega de quarto, só queria discutir algumas coisas sobre, se não for incomodar.

— Ah, tudo bem, pode entrar. — Ele então entrou e eu fechei a porta.

— Vou direto ao ponto, eu preciso que você fique de olho no Jimin e me conte tudo que ele faz. — Na época eu pensei que ele fosse aqueles tipos de pai que se preocupam muito com os filhos, desses que tem medo de que eles saiam debaixo de suas asas.

— Olha, eu não gosto disso, não vou ser babá de marmanjo, procure outra pessoa para lhe ajudar com isso. — Falei sério, eu não gosto nem de sair de casa, imagina ficar seguindo um cara que eu nem conheço.

— Não quero que seja babá dele, só me comunique com quem ele fala ou se encontra. — Ele insistiu.

— O senhor me parece gostar muito do seu filho, mas acho que ele já tem idade o suficiente para saber com quem ele anda, não devia se preocupar tanto assim com ele.

— Eu sou um doador dessa universidade, sabe, ouvi falar que tem um professor que está precisando de um assistente, pelo que me falaram pagam muito bem só que é bem concorrido, mas se você tiver os contatos certos seria bem fácil pegar essa vaga. Eu e o reitor somos amigos próximos. — Eu devia ter desconfiado pelo tom da conversa que tinha algo de muito errado nisso, mas eu ignorei todos os alertas que minha consciência me mandou, eu precisava do dinheiro e achava que não ia fazer mal ajudar um pai a cuidar melhor do seu filho.