Life Goes On

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"Como um eco na floresta, outro dia virá como se nada tivesse acontecido, sim a vida continua, como uma flecha no céu azul mais um dia passa voando, no meu travesseiro, na minha mesa, sim a vida continua, desse jeito novamente."

Life Goes On - BTS


Park Jimin

Eu e Namjoon estamos no salão em que está sendo feito o funeral do vovô, estamos usando roupas tradicionais, cumprimentando as pessoas, muita gente veio prestar suas homenagens. Algumas horas depois, nos preparamos para ir embora, fico muito mais triste agora, porque Jin não apareceu, achei que essa seria uma boa oportunidade para tentar uma aproximação, faz tanto tempo que não o vejo.

— Seu pai está vindo em nossa direção. — Namjoon me avisa, estamos só nós dois no corredor.

Faz quase quatro anos que não o vejo, assim que ele para na minha frente a primeira coisa que faz, é dar um tapa estalado no meu rosto, viro a cara por conta da força do tapa, consigo sentir o gosto de ferro do sangue no canto da minha boca. Namu dá um passo em sua direção, mas faço um sinal com a mão para ele parar e balanço a cabeça, então ele para.

— Achou que iria se esconder para sempre, moleque? — Disse frio, um homem que sempre se veste tão elegante, sempre de terno e bem arrumado, nem parece que é tão grosseiro.

— Eu vou deixar essa passar, porque você ainda não teve a chance de me culpar. — Ele levanta a mão para me bater de novo, porém dessa vez eu seguro seu pulso com força. — Mas se ousar tocar em mim de novo, não vou ficar parado, não pense que ainda sou o garotinho que você costumava xingar e aguentava tudo calado. — Solto seu braço empurrando com certa força, e ele dá um passo para trás e me olha surpreso, tento me manter firme, mesmo que eu esteja destruído por dentro.

— Você é a pior coisa que aconteceu na minha vida, era para você ter morrido, não ela. — Diz com ódio no olhar, acho que ele estava guardando isso fazia bastante tempo, sei que meu avô o manteve longe esse tempo todo, para me proteger desse tipo de situação.

— É? Que coisa, você na minha vida não significa nada. — Digo com um olhar de total indiferença. Ele olha para mim com muito mais raiva e então aponta o dedo na minha cara, me mantenho impassível.

— Não pense que vai viver sua vida de merda em paz, eu vou acabar com qualquer resquício de felicidade que você almeje ter, seu bastardo. — Ele cospe no chão ao meu lado. — Não tem mais ninguém para te proteger, não vou descansar até te ver rastejando, como a cobra que você é. — Profere essas palavras na minha cara, eu não movo um musculo, o encaro de frente.

— Gostaria muito de te ver tentar. — Sorrio ladino sem mostrar os dentes, ergo uma sobrancelha e o encaro, o sorriso mais cínico que já dei na vida, ele então avança em mim, só que dessa vez Namjoon se coloca na frente e o segura.

— Sr. Kim, melhor ir embora, já está passando dos limites. — Ele diz e Chan Lee o olha indignado e furioso.

— Então você está dando para o faxineiro? Isso é repugnante, se bem que vocês dois combinam, duas escorias. — Diz, dá as costas e saí bufando, com certeza com medo, Namjoon tem quase dois metros.

— Está doendo? Quer ir ao médio? O que quer que eu faça? — Me pergunta segurando meus ombros, e analisando meu rosto preocupado. Meu peito doí, gostaria de ouvir essas coisas e não sentir nada, mas é tão difícil, e hoje já está sendo um dia tão doloroso.

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