Ana narrando:
- Ana você está linda. Agora já pode abrir os olhos.
Solto um longo suspiro e me olho no espelho. Hoje vejo uma versão muito diferente de mim. Vejo uma Ana maquiada, de cabelos arrumados. Bem diferente da Ana do dia a dia, que sempre está de uniforme e cabelos presos. Não vejo a Ana mãe, mas sim a Ana mulher.
- Estou uma pilha de nervos amiga. Acho que não vou. Eu acho que não estou pronta para nenhum relacionamento. Acho que preciso de mais tempo para isso.
- Eu acho que você tem que ir sim. Você já teve tempo o suficiente para isso. Já faz 6 anos que você não cuida de você e não pensa na sua vida amorosa. Como você mesma disse que o pai do Vitor é uma página virada da sua vida, você precisa tocar a sua vida para frente.
- Mas tem muito tempo que não faço isso, na verdade nem sei mais como é sair com uma pessoa que não seja você ou o Vitor. E você sabe muito bem, que o pai do Vitor foi o meu único relacionamento.
- Boa amiga, você não tem nada a perder. Te aconselho ir no encontro. No máximo que vai acontecer é que se você não gostar, não precisa mais voltar a vê-lo.
Respiro fundo e me encho de coragem. - Você está certa, né? Não tenho nada a perder. Estou decidida, vou sim a este encontro.
- Bom o pai do Vitor deve estar quase chegando para buscar ele, para passar o final de semana. Acho que vai dar tempo de ir ao encontro.
- Isso aí garota, é assim que se fala.
****
Théo narrando.
Bato na porta e o Vitor vem todo eufórico atender a porta.
- Papai que saudades! Estou muito animado para irmos ao cinema.
- Eu também Vitor.
Entro e fico sentado no sofá, esperando ele pegar as suas coisas, para passar o final de semana comigo. Logo em seguida, vejo a Ana entrar na sala e ela me cumprimenta.
- Oi. Como sempre ela faz um cumprimento seco e impaciente.
Por alguns minutos, fico parado olhando para ela. Hoje ela estava tão diferente que eu até fiquei surpreso. Ela usava um vestido rosa de alça, uma sandália alta e os seus cabelos estavam soltos. Estava maquiada, parecia até uma outra pessoa. Acho que ela repara o meu olhar para ela.
- Eu posso saber por que você está me olhando assim?
Tento limpar a minha garganta, para a minha voz sair. – Na verdade, você está bem diferente hoje.
- Bom tanto faz. As coisas do Vitor já estão na mochila.
- Você está toda arrumada. Você vai ao cinema com a gente?
- Claro que não. Já tenho um compromisso hoje. Qualquer coisa que o Vitor precisar, pode pedir para ele me ligar.
Escuto o telefone da Ana tocar e ela atende toda sorridente.
- Oi, tudo bem! Já estou descendo. Então ela dá um abraço e um beijo no Vitor, abre a porta e desce as escadas rapidamente.
Ela desceu as escadas e a observei entrar em um carro preto. Estava prestes a ir ver quem estava com ela, mas escutei o meu filho me chamando.
- Papai vamos! Quero pipoca de cinema.
- Onde sua mãe foi?
- Ela disse que ia sair com um amigo.
- Que amigo?
- Hã, não sei. Acho que era um amigo do trabalho dela.
Coloquei o Vitor sentado no banco de trás e parti em direção a minha casa.
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Roleta do amor
RomancePara girar a roleta do amor é só deixar o coração te guiar. E foi isso que Ana fez. Ela rodou a roleta e se viu envolvida em situações de aposta, amor, ódio, felicidade, tristeza, coração partido, vingança, dor, solidão e perdão. Theo era o perfeit...