Capítulo 41

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Théo narrando

Enquanto estava dirigindo para casa, meus pensamentos estavam em um turbilhão pensando tudo que estava acontecendo na minha vida. Dias atrás eu estava na Europa curtindo a minha vida e agora descobri que tenho um filho. É uma mudança muito repentina. Filho, que estranho né! Nunca pensei em ter filho, mas depois que conheci o Vitor, até estou gostando desse lance de ser pai. Até gostaria de passar mais tempo com ele... tipo levar ele em algum jogo meu, para ele assistir. Muito estranho a volta que a vida dá. Quando passei a noite com ele hoje, senti uma coisa estranha. Por uma fração de segundo, desejei ter uma família. Não que eu não tivesse família, porque tenho os meus pais e realmente eles são ótimos, se bem que eles sempre passavam a maior parte do tempo viajando do que comigo. Mas acho que eles vão adorar saber que possuem um neto. Vou esperar eles chegarem no Brasil, para contar pessoalmente sobre o Vitor.

Os meus pensamentos são interrompidos, quando o meu telefone começa a tocar.

- Alô!

-Théo cadê você, que sumiu? Disse que ia passar poucos dias aí, mas ainda não voltou.

- Oi cara!

- Você tá bêbado?

- Não Eduardo, tem alguns dias que não bebo.

- Me diz o que está acontecendo, por que não voltou ainda para o RJ?

- Talvez eu precise de mais um tempo.

- Como assim mais tempo?

- Eduardo, você não vai acreditar. Eu descobri que tenho um filho.

- FILHO? Com quem com uma fã? Ih já sei que vai dar confusão. A mulher está pedindo pensão.

- Não cara... lembra da Ana?

- Ana ... Ana não me lembro. São tantas Anas, Dominiques, Larissas, que perdi a conta e de fato não faço ideia de quem seja.

- Cara, a Ana é aquela menina que trabalhou na minha casa e me chantageou para casar com ela?

- Ah tá lembrei. Caramba cara, mas tinha um tempo que vocês não se viam. Me conta como foi.

- Acho que foi obra do acaso. Então na verdade reencontrei ela próximo a casa que estou. Eu a quase atropelei e no final acabei descobrindo que ela tem um filho e que esse filho é meu. Ele tem 6 anos e se chama Vitor.

- Uau Théo Maldonado papai! Que inusitado! E ela te aceitou de boa? Porque eu lembro que nunca mais tínhamos ouvido falar dela e que naquela época ele te odiava. 

- Pois é. Aceitar de boa ela não aceitou e fiquei com muita raiva, porque ela não me procurou avisando que eu tinha um filho e o pior você não sabe, ela não queria que eu tivesse contato com a criança.

- E como você a convenceu?

- Eu disse que ia colocar ela na justiça para ter a guarda integral do menino.

- Ai Théo, você não tem jeito.

- E você acha que serei um bom pai?

- Não. um silêncio brotou no telefone. - Tô brincando cara, acho que será um excelente pai. E quanto tempo, pretende passar aí?

- Quero ficar aqui até o final das férias.

- Tudo bem cara, mas não deixe de treinar ok? Preciso de você aqui em forma. E por favor não se meta em nenhuma confusão. Preciso manter sua imagem intacta. Quem sabe esta criança não te ajuda a mudar um pouco e coloca juízo nessa cabeça desmiolada.

- Bom só te peço um favor Eduardo, por favor não conte a ninguém. Não quero que a imprensa saiba disso, senão eles vão cair em cima do Vitor e não quero que ele viva rodeado de fotógrafos. Quero que ele viva uma vida normal.

- Comigo o seu segredo está guardado. Preciso desligar agora. Se cuida.

- Pode deixar. 

Roleta do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora