Capítulo 28

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 Sua esquisita! Você só quer meu dinheiro

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 Sua esquisita! Você só quer meu dinheiro. Eu não te amo!

- Você não merece nada e som de gargalhadas ecoavam no fundo.

- Não! Pára é mentira! Não não... Me despertei com o pesadelo que tive. Quando dei por mim acordei na areia da praia. Meu coração palpitava assustado. Meus olhos estavam muito pesados e minha cabeça parecia que ia explodir. Esfreguei a minha mão nos meus olhos, para me certificar se eu estava vendo certo ou se aquilo era uma miragem. Tentei me levantar, mas me sentia muito zonza e com a cabeça parecendo que ia explodir... acho que era o efeito do álcool.

Eu não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo, mas pouco a pouco os fragmentos da noite passada começavam a aparecer... eu via o Theo beijando a menina, eu quebrando o carro – Oh não o que foi que eu fiz! A menina sem roupa, a festa acabada. Ai minha cabeça! Os seguranças me levando para fora da casa e me colocando na rua.

Oh! Deus o que foi que eu fiz? Estava na rua sozinha, sem saber onde eu estava. Agora eu estava completamente sozinha. Não tinha para onde voltar. Não tinha dinheiro... não tinha nada. Apenas um enorme vazio no meu ser.

Fui cambaleando pelas ruas, até encontrar uma parte mais alta e isolada. Uma voz ecoava dentro da minha cabeça. Você é um ser desprezível e desprezado. Ninguém te quer.

Apoio a minha cabeça nos meus joelhos e começo a chorar. Choro muito, muito e muito... Choro de soluçar. Estou chorando por algo que nunca tive. Uma vida que nunca tive, um casamento que nunca tive, um amor que nunca tive. Me sinto uma tola.

Eu tinha esperança de ter uma vida, uma família, um lar.. uma vida melhor.

O que eu estava pensando? Indesejada... as lágrimas começaram a brotar nos meus olhos. Por que eu estou chorando? Eu escolhi isso. Eu sabia que ele não me amava. O meu plano frustrado de vingança não deu certo. E eu saí mais machucada de quando comecei. Eu desejo sumir...Talvez esta dor absurda possa ficar menor se eu desaparecer. Estou em um precipício muito alto. Olho para o chão e vejo o mar.

Fiquei ali parada tomando coragem para fazer o que eu deveria fazer. Eu precisava acabar com aquela situação, com a dor imensa que tinha no coração. Parecia que a minha vida não tinha mais solução. Enquanto as pessoas lá foram comemoravam a chegada de um novo ano, eu não tinha motivo nenhum para comemorar. Impulsiono o meu corpo para frente. Decidida a acabar com tudo. Abro os meus braços, respiro fundo, fecho os olhos e por um segundo penso na minha mãe. Lembro do seu sorriso e da sua bondade. - Em breve estaremos juntas mãe.

- Deus perdoe me por isto, mas não suporto mais tanta dor e tanto sofrimento. Chego o meu corpo mais pra frente. – Acabou mundo! Acho que seria melhor mesmo se eu não existisse mais. Começo a desejar com mais força, almejando que a morte chegasse logo.

- Hei o que está fazendo? Escutei uma voz. Era voz de uma mulher.

- Sai de perto de mim. Eu vou me jogar! Dei mais um passo em direção a ponta do precipício.

- Calma! Calma! Não se jogue! Ela levantou a mão, tentando me dar para eu segurar.

- Vai embora! Me deixa em paz. A minha vida não tem mais jeito.

- Querida, tem jeito para você. Deus te ama... tudo tem jeito. Deixa-me te ajudar. Eu sei bem o que está sentindo. Porque já passei por isso. Eu também já tentei me matar. Mas estou aqui bem viva. Vem, deixa eu te ajudar.

- Não posso, preciso acabar com a minha dor.

- Vem deixa eu te ajudar. Posso imaginar a dor que está sentindo. Mas garanto que esta não é a melhor decisão. Você não quer se matar, mas sim a sua dor.

Estava chorando muito e muito... então ela foi mais rápida do que eu. Me puxou e caímos as duas no chão. Chorei mais ainda. Então ela me abraçou.

- Vem cá querida. Uma nova chance foi dada a você. Hoje você tem a oportunidade de começar uma nova vida. Tenho certeza de que tudo vai dar certo. Eu estou aqui para te ajudar. Então ela me abraça mais forte e eu choro feito louca, como se toda a minha dor estivesse sendo transformada em lágrimas. 

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