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FILIPE RET

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FILIPE RET

Já tinha cantado todas as minhas músicas e só faltava uma especialmente que larguei para o final, olhei para o canto do Palco vendo Bárbara e voltei meu olhar ao público

—Qual foi Rapaziada, essa aqui faz mó tempaço que não canto e uma pessoa importante me disse que é a sua favorita, então bora cantar, dedicar essa aqui pra tu pô, que tá aí em algum lugar— falei e sorri vendo a galera se animar —LIVRE E TRISTE— Gritei vendo o toque da música e todo mundo ficou gritando

—Oh oh oh
Amanhã eu não acordo cedo vou sair de vermelho, seduzir o mundo inteiro
Não me aponte o dedo
Só eu sei o meu valor, ninguém me mete medo, eu já conheço a dor
A gente não receia, se alimenta com a inveja alheia
Não tem medo da sua cara feia— comecei cantando e olhei pro lado vendo ela cantar junto e me animei mas ainda

Os olhos dela vagavam por todo o meu rosto me deixando um pouco desconcertado, Olhos azuis, azuis como o céu em um dia ensolarado e quente, azul como o mar e azul brilhante como no dia do bolo ou o dia do parque, me fazia questionar porque aqueles olhos nunca foram pintados antes

Seus olhos azuis que são tão hipnotizantes que me fazem querer mergulhar para entender mas a fundo e quando vejo que ela encarou os meus olhos de volta à plateia me tirou do transe gritando e então percebi que acabou a música. Me despedi deles e quando me virei Bárbara não estava mas lá, segui para o camarote e parei vendo meus amigos me abraçarem, Só Djonga e Bárbara que ficaram no canto deles, separados.

Gustavo tava numa cara de cu danada e Bárbara sorriu pra mim me fazendo sorrir de volta

—você amassou idiota— Steff disse dando um tapa na minha cabeça

—Filha da puta, vai atormentar o creu diabo— Falei revirando os olhos

Todo mundo voltou a beber e conversar e eu me aproximei de Bárbara que me olhou sorrindo

—Curtiu?— perguntei

—Pra caralho, te falar, teu show tem uma energia surreal— ela disse e eu pela primeira vez na vida fiquei com vergonha de algo que uma mulher disse

—Obrigado pô, tá convidada pra vir quando quiser— falei e ela concordou, o olhar vagou para Gustavo que nos encarava com uma cara puta da vida
—Que rolou?

—Besteira do Gustavo, sabe como ele faz drama— respondeu e eu cerrei os olhos desconfiado pra ela, nesse angu tinha farinha porra

—Melhorou? Tu tava mancando e pá— encarei o joelho dela e foi um erro porque quando subi meu olhar pelo seu corpo engoli seco, ela mostrava suas coxas e porra, o seu decote nem se fala

—Tô melhor, preciso parar de ser relaxada, sempre me machuco assim— ela sorriu tímida

—Chega aí, quer beber ou comer oque?— perguntei a puxando para a mesa de bebidas e comidas

Olhos de oceano - Filipe ret Onde histórias criam vida. Descubra agora