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BÁRBARA MOREIRA

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BÁRBARA MOREIRA

Apertei o braço do Filipe com força e o encarei pedindo socorro com o olhar Vendo ele tentar passar tranquilidade para mim, mas não estava conseguindo

—Então quando descobriram que a fazenda e os bens pertencentes aos meus pais estaria indo para o meu nome, eles mataram a minha mãe e me colocaram dentro de um hospital psiquiátrico alegando que eu estava louca. Eu peço justiça senhor juíz, além de me tirarem a oportunidade de cuidar e proteger a minha filha, tiraram a vida da minha mãe que só queria proteger a filha e a neta— minha mãe dizia firme confiante e encarou o Vicente e depois voltou a encarar o juíz
—Eu peço que o senhor faça algo porque quero que a minha filha se sinta protegida e tranquila de andar na rua, quero a minha vida de volta e eu tenho certeza que o senhor vai tomar a decisão certa— ela disse calma e eu tava surtando de chorar ao lado do Filipe e do Gustavo

O juíz pediu dois minutos e depois voltou se sentando.

—Senhorita Geise e luan sentença de um ano, crime de homizio, previsto no artigo 348 do Código Penal— o Juíz disse e a minha tia começou a chorar desesperadamente e queria voar em mim, já meu tio tentava segurar ela de toda forma

—Viu oque você fez, vagabunda mentirosa, eu vou te matar— ela venho na minha direção mas Filipe e minha mãe se enfiaram no meio

—Só por cima do meu cadáver— minha mãe a encarou com desdém e a polícia segurou a minha tia

—Vicente Correa, crime 213 do Código Penal, cominou a esta infração penal a sanção abstrata de 10 (anos) de reclusão, mas o artigo 121, homicídio qualificado 15 (anos) de reclusão, sendo assim 25 anos de sentença— o juíz disse
—Espero que as senhoritas possam recuperar o tempo perdido, tranquilas na rua!— ele disse sorrindo com compaixão

—EU VOU MATAR VOCÊ— Vicente venho na minha direção e puxou o meu braço de uma vez fazendo o Filipe voar nele dando um soco que deixou ele no lugar

—Na Bárbara você não encosta nunca mas, verme, teu lugar tá guardado— Filipe apontou o dedo na cara dele e venho na minha direção me abraçando
Quando levaram ele
— você tá bem minha loira?— Filipe me puxou para fora me levando para o estacionamento

—Eu tô bem benzinho— me aconcheguei nele e olhei para trás vendo Gustavo e a minha mãe vindo na nossa direção

Ela parou nos encarando e Filipe quando percebeu me soltou, olhei para ele desesperada e ele segurou a minha mão me dando força, que era algo que me faltava naquele momento

Ela se aproximou e o meu coração disparou, Filipe ficou ao lado de Gustavo e ela parou em minha frente observando o meu rosto, dos seus olhos escorriam lágrimas de dor de um passado duro e triste

Suas mão direita subiu para o meu rosto fazendo um leve carinho, pensei que ela fosse me abraçar mas ao invés disso ela caiu no chão chorando e eu olhei desesperada para Gustavo e Filipe, olhei para baixo a vendo se desmanchar toda e eu não sabia oque fazer. Gustavo fez sinal para que eu a abraçasse e assim eu fiz

—Me desculpa minha filha, por você ter passado por isso tudo— ela chorava desesperada no meu colo

—Não e culpa sua, já está tudo bem— tentei acalma-lá mas ela só chorou mas, olhei para Filipe que se aproximou se abaixando

—Vamos para casa dona Daniela, vai ficar tudo
bem— Filipe a levantou e Gustavo se aproximou o ajudando

—Bora tia Dani, vida nova minha gata— ele beijou a cabeça dela e ela se apoiou nele

Filipe se aproximou encaixando seu corpo ao meu me dando um cheiro no pescoço

—Tá tudo bem agora, minha loira— ele disse e eu suspirei

Tava louca para chegar em casa e ver o meu equilíbrio emocional, Théo é tudo para mim.

[...]

O relógio batia três da manhã e eu estava sentada no sofá da sala com um livro na mão e uma cobertinha tampando as pernas.
Não era a primeira noite que isso acontecia, eu não estava dando sono de noite mas oque era bem ruim, só estava dormindo umas três horas por dia e isso Tava me deixando exausta

Ouvi um barulho de passos e encarei a escada vendo Filipe descer ela me encarando

—Oque você está fazendo acordada essa hora?— questionou arqueando as sobrancelhas e eu levantei o livro balançando ele

—Perdi o sono— falei e ele se aproximou se sentando do meu lado e eu me aconcheguei nele enquanto ele passava a mão pelo meu cabelo

—Tô ligado que as parada tão te deixando a milhão, mas tu precisa dormir pô— ele disse e eu o encarei franzindo a testa

—Olha quem fala— falei vendo ele revirar os olhos

—Você que é o bebê que precisa de cuidados aqui— ele disse e eu ri

—Quem disse?— questionei

—Eu tô dizendo pô, e mas que o suficiente— ele disse me dando um selinho
—Tua mãe tá dormindo bem?

—Sim está, feito um anjinho— sorri de lado vendo ele sorrir junto
—Filipe... as coisas do meu apartamento já estão quase prontas— falei vendo ele murchar o sorriso

—Não gosto de pensar na possibilidade de estar longe de você— ele disse e o seu dedo ia passando pelo meu rosto, em cada detalhe

—Que tóxico— brinquei rindo mas ele não riu

—Não é tóxico, gosto de cuidar de você— ele disse e eu coloquei minha mão por cima da dele

—E vai continuar cuidando, vou estar aqui sete dias da semana praticamente— falei e ele encarou a minha boca

—Você é a minha perdição, garota— ele disse e eu dei uma risadinha o puxando para um beijo, mas ouvimos um barulho e paramos imediatamente e olhamos para onde vinha o barulho

Minha mãe descia a escada vermelha como um pimentão

—Desculpa. Não quis atrapalhar— ela disse e eu sorri me levantando

—Tudo bem a senhora não me atrapalha, por que acordou? Está precisando de alguma coisa?— perguntei preocupada

—Não, e que na clínica eu tinha costume de acordar cedo— ela disse e encarou Filipe
— Então esse é o seu namorado?

—Sim
—Não!— falamos ao mesmo tempo e nós encaramos

—Acho que vocês ainda não decidiram— minha mãe deu uma risadinha e eu neguei rindo

Observei ela passar os olhos pela sala toda até parar em uma foto que estava Eu e Filipe, Gustavo e Malu, e o cabelinho com um copão no nosso meio

—Quase não reconheci o Gustavo,Ele está um rapaz

—Sim, e ele virou cantor como sempre quis, baita sucesso— falei e ela deu um sorriso orgulhoso

—E você faz oque?— perguntou olhando pro Filipe

—Também sou cantor— ele disse e eu me sentei abraçando o Filipe
—Senta aí sogra— disse fazendo a minha mãe rir e se sentar enquanto eu o encarava feio

—Então, me conta sobre a sua carreira— disse e Filipe sorriu animado começando a contar

Sem dúvidas era o assunto favorito dele.

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O gente tô trabalhando igual uma condenada esses dias, por isso que ficamos uns dois dias sem capítulos.

Beijo da⭐️

Olhos de oceano - Filipe ret Onde histórias criam vida. Descubra agora