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@Filiperet

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FILIPE RET

O Théo estava no tablet e que deus me perdoe mas a Babi não podia nem sonhar com isso, ela com certeza me mataria porque o menino já ficou o dia todo em frente à televisão jogando vídeo game.
Entrei no quarto dela e não a encontrei

—Bárbara você tá aí?— bati na porta do banheiro do quarto dela

—Sim— ela murmurou baixinho

—Tudo bem?— perguntei preocupado e ela abriu a porta do quarto, ela tava toda pálida

—Eu não aguento mas Filipe, eu não consigo dormir, não consigo comer, não consigo cuidar do meu filho direito— ela suspirou com os olhos cheios de lágrimas

Me aproximei abraçando ela de lado porque a barriga ficava na minha frente e ela colocou a cabeça no meu ombro chorando de soluçar

—Logo logo isso vai acabar, hum?— falei com toda paciência do mundo fazendo um carinho no cabelo dela

—Eu amo esse bebê, mas tá me fazendo muito mal e eu só queria que isso acabasse logo. Droga, que tipo de mãe sou eu?— ela chorou mas passando os braços pelo meu ombro

Peguei no rosto dela a encarando, ela tava chorando
tanto que eu fiquei com medo da Bárbara passar mal ou a pressão dela subir

—Minha loira olha aqui, isso vai passar tá bom? E você não é uma péssima mãe por pensar assim. O Théo está bem e ele entende e admira a mãe que você é, ele, o Tales e eu morremos de orgulho de você— falei limpando o rosto dela e ela tentou respirar fundo mas desabou

Eu não sabia exatamente oque fazer, mas só queria transferir todo o sentimento ruim dela pra mim

Abracei ela e fui puxando para mas perto da cama e ela nem percebeu quando eu deitei ela

—Não adianta, não vou conseguir dormir— ela gaguejou

—Vai sim amor, vem— com muito custo achamos uma posição confortável para ela, o rosto da Bárbara tava pertinho da minha bochecha e a minha mão estava nas suas costas e a outra na barriga dela fazendo carinho para ver se o bebê sossegava

Ouvi o choro dela ir parando aos pouquinhos e quando vi só senti o suspiro da Bárbara e abri os olhos vendo ela dormir

Meus dedos foram passando devagarinho por toda a extensão do rosto dela, e depois de tantos dias sombrios ela parecia finalmente estar dormindo tranquila

Eu estava quase dormindo quando senti alguma coisa me molhar e eu travei, sabia bem oque significava porque eu andei pesquisando para estar bem preparado para quando o bebê nascesse

—Bárbara, você tá acordada?— questionei

—Sim— ela respondeu com a voz embargada

—Porra, é agora?

Olhos de oceano - Filipe ret Onde histórias criam vida. Descubra agora