Odeio beijos

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entrei pela porta e a primeira coisa que fiz foi procurar um rosto familiar

-quer que eu grite para a Casey vir aqui?- oliver sussurrou

eu o fitei como se quisesse o matar, o que não era mentira.

dei mais uma bela olhada pela sala e nenhum rosto familiar, comecei a andar até sentir uma mão em minha bunda. olhei para trás e tinha um menino sorrindo para mim

-você apertou minha bunda?

-me desculpa... - o garoto cambaleou e então sorriu - você parece com seu irmão

-que?- o garoto andou em minha direção e logo percebi que era um dos amigos de meu irmão e parecia muito bebado 

-só que seu irmão é mais gatinho

eu tentei segurar uma risada 

-gosta do meu irmão?

-ele é gostosão, caramba queria beijar ele mais vezes- o rapaz nem parecia se dar conta do que estava falando mas eu estava chocada

-ele está perto da entrada, vai lá dar uns pegas nele

-muito obrigada, te devo uma- ele sorriu e saiu 

fiquei parada vendo o menino sair, como assim meu irmão gostava de meninos?!

-Nina é você?- uma voz masculina chamou e eu me virei, era um dos amigos de Casey qual eu almoçava todos os dias mas tinha esquecido o nome

-oii- me forcei a sorrir.

-Casey está quase aos prantos querendo que você venha- ele pegou em meu braço e me puxou para o andar de cima

-podemos estar aqui?

-o tubarão tem seus contatos- "tubarão" era um apelido para um dos meninos da banda mas eu não lembrava qual deles. sou péssima com nomes

chegamos em uma sala grande. foi tranquilizador ver Casey ali

-oiii- ela se levantou e quase pulou em cima de mim - não te vejo a tanto tempo que já estava com saudades

-me viu ontem

-mas não te ver diariamente me deixa mal sabia?

revirei os olhos e involuntariamente sorri, odeio esse sorriso que escapa quando casey fala comigo

-Caseyyyy- uma garota da roda a chamou parecendo bem feliz -  você acabou de sair da nossa rodinha de verdade ou desafio sem pedir permissão e sem cumprir seu desafio...

ela arregalou os olhos, pegou na minha mão e começou a correr me levando junto

-o que aconteceu?!

-shhhh- ela sussurrou e me puxou para a primeira porta que viu

-que porra...- casey tampou minha boca com a mão

-cala a boca

escutamos passos se aproximando 

-ela deve estar por aqui!- uma voz feminina gritou

-casey você tem que receber sua pegadinhaaaa- outra voz brincalhona gritou

-tenho uma perfeita para ela- outra sussurrou

os passos foram se afastando e casey olhou para mim, olhou para mão que tinha colocado em minha boca e a tirou

-desculpa... se me acharem antes da 0:00 eu to ferrada

-então estou presa com você até meia noite? ah nãoooo- ironizei e me sentei apoiando a cabeça na porta

Eu sempre estive sozinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora