continuo sendo a rainha da inglaterra

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hoje é domingo, eu estou deitada em minha cama sem fazer merda nenhuma além de olhar meu celular de 5 em 5 segundos. 

fui para minha bancada e peguei uma canetinha, comecei a pensar em alguma coisa bonita e simples. comecei a desenhar uma teia de aranha. não me diga que não são bonitas ok? elas são, são linhas perfeitas feitas um um inseto que não tem inteligência básica. a real é que ficam bem bonitas com gotas de água e ninguém aprecia pois ela nos lembra de aranhas que também não são consideradas assim tão bonitas.

meu celular fez um pequeno BIP de quando novas notificações chegam, vamos tirar o fato de que me joguei na cama na maior alegria esperando que fosse uma mensagem de... alguém.

Casey- "tá fazendo alguma coisa?"

Nina- "não, e vc?

C- "na real tava pensando em ir em uma festa"

N-"a última vez que fui em uma festa foi nas férias e alguém passou a mão na minha bunda, então eu não sou muito fã "

C- "ent qr vir aq em casa?"

N- "você não vai na festa?"

C- "nem ia ser tão legal"

N- "vc vai perder uma festa?! quem é você?"

C- "chata, vem ou não?"

N- "mas vamos fazer o que?"

ela me enviou um video

nele casey estava sorrindo e dizendo "pode não vir se quiser" com uma faca na mão, eu ri e meu rosto ficou vermelho. como assim eu estava vermelha por receber uma ameaça de morte falsa?

N- "estou indo"



Talvez fosse exatamente isso o que eu estava querendo receber do meu celular mas não vamos falar sobre. só vamos falar que eu escovei meu cabelo, coloquei uma blusa larga e um short. também adicionei alguns acessórios e maquiagem porque estava me sentindo um fantasma.

 outra mensagem veio de meu celular logo quando estava saindo de casa

C- "gosta de bala azul e vermelha?"

N- "quem não gosta?"

C- "prefere doce ou salgado"

N- "doce"

C- "ok, obrigada"


não tinha entendido as perguntas mas ok.

-Oliver, vou para a casa de uma amiga- gritei pegando as chaves do carro. meus pais estavam com meu irmão no hospital então seria bem fácil de sair

-indo pegar que amiguinha dessa vez?- escutei quando já estava fechando a porta

-se fode!- berrei entrando no carro


ainda lembrava onde era a casa de casey, já tinha ido lá algumas vezes. 

estacionei na frente da garagem sabendo que não tinha nenhum  carro ali dentro, só um bando de instrumentos. bati na porta e logo em seguida escutei alguém descendo as escadas correndo

-olá- casey estava na porta com um sorriso

-olá

-fiz uma surpresa para a rainha da inglaterra- ela pegou em minha mão e me puxou escada a cima

-casey não transe com eu em casa!- sua mãe berrou.

não evitei e comecei a rir 

casey tampou minha boca

-pare de rir, ela vai achar que sou eu!- ela sussurrou mesmo estando claro de que também queria rir.


casey abriu a porta do quarto e lá tinham balinhas, pipoca doce e vários cobertores

-me convidou aqui para eu passar uma tarde inteira me enchendo com doces?- perguntei

-não só para isso- ela sorriu e pegou umas cobertas - me ajude, vamos fazer uma cabana

-caramba, você pensou nisso em tão pouco tempo?

-cale a boca- ela deu um pequeno sorriso- pensei a noite toda- saiu como um murmuro

-olha eu escutei isso e não vou deixar barato o fato de que literalmente está obcecada por mim ao ponto de passar a noite acordada!- ela abaixou as cobertas e me encarou por alguns segundos até segurar meu queixo

-eu ainda tenho a faca- e então beijou minha bochecha. senti toda parte do meu corpo automaticamente se arrepiando. -fica aí que eu monto a cabana, tá?- ela me sentou e começou a montar a cabana

sua mandíbula era muito bonita, ela poderia facilmente ser uma modelo, isso é extremamente irritante. prestei atenção em todos os passos que ela dava, em todos os movimentos. casey olhou para mim no meio de tudo isso e nosso olhares se encontraram mas dessa vez não tentei fingir que estava olhando para o teto, só a olhei com toda confiança que tinha.

com o tempo a cabana ficou boa e entrei nela 

-uau você faz algo bem!- disse colocando as mãos no rosto, ela se deitou em uns travesseiros que tinha posto no chão e me puxou para deitar com ela

-não transe com suas amigas, filha- eu imitei sua mãe e ela riu

-shhhh, ela pode estar escutando!- casey tampou minha boca com a mão. olhei para ela, qual estava com a cabeça apoiada em sua própria mão enquanto eu estava com minha cabeça no chão. 

depois de me encarar um tanto, senti que minhas bochechas estavam corando, ela tirou a mão de minha boca

-pare de deixar esse climão- casey bufou desviando o olhar

-é você que me encara!- retruquei

-queria que eu fechasse meus olhos ao ver uma menina bonita? ok vou fazer isso.- de birra, ela fechou os olhos e cruzou os braços

-para com isso!- comecei a balançar casey enquanto ria

-me passa uma bala que penso em seu caso.

-você é ridícula- peguei uma bala e joguei em sua boca. por alguns segundos achei que tinha acabado de a matar mas ela reagiu e mordeu a bala

-obrigada, querida amiga.- ela disse grudando os lábios nos meus, mais arrepios me vieram imediatamente. casey colocou minha cabeça contra o chão enquanto se virava para cima de mim. sua mão foi em meu pescoço e acabei soltando algum tipo de barulho pela minha boca... um gemido? 

ela se jogou para o lado com um sorriso no rosto

-caraca você quer mesmo que minha mãe me expulse de casa né? aquilo foi quase um berro! 

soquei a boca de seu estomago de leve

-me passa uma bala aí empregada

-como é que é?- casey se virou para mim

-vamos fã, passe a bala

-ah sim, rainha da Inglaterra!- ela sorriu e jogou um bala em minha barriga


Eu sempre estive sozinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora