CONVITE PARA A FESTA

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SEM REVISÃO

DIEGO

Martirio, essa foi a palavra que resume esse dia. Erick, com certeza, percebeu meu desconforto e fez de tudo, de tudo mesmo, para me deixar ainda mais sem jeito.

Momento ou outro ele fazia questão de me tocar, acariciar, sim você não leu errado, Erick sempre dava uma leve acariciada na minha coxa, me fazendo prender a respiração e me deixar desconfortável porque aquilo estava me afetando, porque meu pênis e meu cérebro acharam de trabalharem juntos contra mim. Vejam bem, no domingo tive um sonho nada puro com esse cretino e agora algumas horas depois o filho da mãe fica me instigando, digo, fica instigando meu cérebro a lembrar daquele momento erótico do sonho e isso manda um alerta para o meu amiguinho de baixo que não se faz de rogado e se ergue agindo contra os meus comandos internos.

- Você estar bem Diego? - Erick perguntou bem próximo do meu ouvido, sua voz baixa e melodiosa.

Fechei os olhos, suspirei profundamente e o encarei. Droga, pensei. O moreno tirou o blazer e abriu alguns botões da camisa o que me dava a leve visão do seu peitoral e mais uma vez senti minha boca secar, mas me contive para não encarar aquela cena por muito mais tempo.

Desviei o olhar para frente e mordi a parte interna da minha bochecha. Eu, definitivamente, não estou nada bem. Olhei mais uma vez para a abertura da camisa porque até meus olhos estão me traindo, Erick acompanhou meus olhos e sorriu cafajeste.

- Está gostando do que ver Diego? - Perguntou com a voz rouca e provocativa. Voltei meus olhos para o seu rosto e neguei com a cabeça. Senti meu rosto esquentar ao ser pego naquela situação, mas nunca que admitiria alguma coisa.

- Não, nenhum pouco na verdade. - Indago e virei meu rosto para frente novamente. Resumo do dia, não consegui me concentrar na aula e passei grande parte do meu tempo pensando profanidades.

Mas se você pensa que Erick me deixou em paz por algum segundo, você estar muito engando. O filho da mãe ficou me provocando de uma forma que não pude aguentar e tive que pedir para ir ao banheiro.

Neste exato momento estou no banheiro do colégio, estamos no último período de aula e eu já não estava aguentando mais tudo aquilo. Eu estava a flor da pele e aquele cretino do Erick não colaborava.

Encarei meu reflexo no espelho, meu rosto estava úmido porque joguei água no mesmo segundos atrás e neguei com a cabeça. Por que tudo isso estar acontecendo? Exatamente em que momento Erick começou a fazer tanto efeito sobre mim? Joguei água no rosto novamente e aproveitei para passar um pouco de água na nuca. Meu corpo nunca reagiu dessa maneira com os toques dele e muito menos quando falava meu nome. Parece que Erick sabe que estar me afetando e usa isso ao seu favor.

Droga!! Isso não estar certo. Preciso me controlar, eu tenho, na verdade. Não sou mais um adolescente para ficar duro por qualquer toque ou carícia maliciosa.

Olhei para o espelho mais uma vez e disse para mim mesmo:

- Se controla Diego, se controla.

Com essa advertência voltei para a sala de aula e tentei agir normalmente.

- Você demorou princesa. - Erick falou assim que sentei ao seu lado. O encarei meio irritado e perguntei:

- Virou fiscal da minha vida agora?

Ele sorriu de lado, porque parecia gostar de me ver irritado. Acredito que para ele me ver naquele estado era um aperitivo porque o moreno saiba, com a minha reação, que estava me afetando.

- Longe de mim, mas se eu fosse, você seria muito mais feliz. - Falou provocativo e piscou o olho em minha direção.

- Claro, porque você é o fodão. - Falei azedo e Erick assentiu com orgulho. Idiota, presunçoso de uma figa. Queria tanto socar esse rosto bonito dele, digo, rosto dele. É o colapso nervoso que estou tendo e me fazendo pensar besteira.

Antes De TudoOnde histórias criam vida. Descubra agora