Capítulo Vinte e Um

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Oii gente, desculpa a demora para postar. Espero que gostem. Aos leitores novatos, obrigada por estarem acompanhando, me digam o que estão achando.



Quase uma semana se passou e não recebi nenhuma notícia. Estava agoniada, ansiosa. As feridas no meu rosto estavam quase curadas e ficar dentro do apartamento também não me ajudava. Mandei mensagem para Walter algumas vezes, mas ele disse que não poderia fazer nada por mim e a única coisa que eu podia fazer era esperar.

Durante todos esses dias que fiquei em casa, Savoia não saía da minha cabeça. Gostaria de saber o que estava acontecendo com ela e qual seria o próximo passo que faria. Eu tinha quase certeza que assim como precisávamos dela, ela precisava da polícia, para o que eu não sei.

Estava terminando de organizar algumas coisas no apartamento, pois estava uma bagunça e escutei a campainha tocando. Fui até a porta e abri. Era Lívia.

–Oi. – Ela falou com um sorriso. Era uma mulher bonita, incrivelmente bonita. A primeira coisa que tinha me chamado a atenção nela quando a conheci foi seu cabelo, era castanho enrolado e bem volumoso e dava um estilo que chamava a atenção.

–Oi, entre. – Dei passagem para que pudesse entrar.

–Vim rápido, me pediram pra te buscar e levar ao departamento.

–E não podiam me ligar avisando que eu iria até lá sozinha?

–Estão com pressa. – Ela respondeu sem graça.

–Desculpa, não quis ser grossa. – Eu realmente não quis, mas toda essa falta de comunicação e informação estava me deixando estressada.

–Não se preocupe. Você está bem? – Lívia deu um passo à frente. Eu sabia que ela estava preocupada e se fosse eu no lugar dela, também estaria. Não é porque tínhamos terminado que o afeto desapareceria.

–Depois de tantos dias presa dentro de casa, estou ótima. – Respondi. – Me dê dois minutos que já vamos.

Entrei no meu quarto, peguei minha bolsa e meu celular. Voltei para a sala e Lívia me esperava já na porta. Senti que ela queria dizer algo, mas estava sem coragem de falar.

–Pronto, podemos ir. – Falei e saímos.

Durante o trajeto até o departamento, ficamos em silêncio dentro do carro, mas depois que Lívia estacionou dentro da garagem, segurei seu braço antes que saísse do carro.

–O que você quer me dizer?

–Como assim? – Encarou minha mão segurando seu braço e soltei.

–Eu te conheço, sei que tem algo pra me dizer, mas não sabe como.

Ela sorriu.

–Bem... na verdade eu estou um pouco preocupada com essa história toda com essa criminosa. – Virou-se pra mim. – Eu tenho visto uma movimentação grande aqui dentro por causa dessa mulher e é um pessoal bem importante que vem conversar com Walter... isso é um caso muito sério e provavelmente perigoso.

–E já não sabíamos disso? – Suspirei. – Olha, Lívia... eu sei que você e Walter estão preocupados comigo, por ter me envolvido nisso e principalmente depois do que aconteceu... mas eu não vou desistir, sabe disso não é?

–Claro que sei, você sempre dá muito valor ao trabalho e esquece de si mesma. – Sua voz soou meio triste.

–A questão é que já me envolvi demais e aconteceu muita coisa pra eu simplesmente desistir agora.

Lívia assentiu e pegou minha mão.

–Só tome cuidado, ok? Já li bastante sobre ela e é uma mulher inteligente e imagino que pra ser tão importante, deve ter uma boa lábia.

Sim, ela realmente tinha, mas eu não ia expor isso para Lívia.

–Pode deixar.

Fomos para dentro do edifício, até o andar onde eu trabalhava. Assim que entrei, Walter já apareceu na minha frente e vi que estava ansioso antes que falasse qualquer coisa.

–Venha comigo. – Ele disse já andando e eu o segui. – Está melhor?

–Sim. – Respondi.

Entramos em sua sala e vi que havia algumas pessoas que eu não conhecia. Dois homens de terno me aguardavam sentados no sofá, quando entrei, ambos se levantaram.

–Srta. Diana? – O mais velho falou.

–Sim, sou eu. – Respondi.

O mesmo que tinha falado indicou para que eu sentasse no outro sofá à frente e em seguida se sentou também.

–Meu nome é Donald e esse é Kevin, muito prazer. – Notei que ele possuía um sotaque, seu português era meio arrastado, mas não como Savoia, era mais seco.

–Prazer. – Respondi e olhei para Walter, que tinha sentado ao meu lado.

–Bom, antes de tudo, quero dizer que o que conversarmos aqui é confidencial, certo? – Donald falou. Imaginei que ele estivesse na casa dos sessenta anos, pelo cabelo quase todo branco.

–Certo.

–Kevin vai te explicar melhor. – Ele disse e olhou para Kevin que até então não tinha dito nada. Esse era mais novo, provavelmente com quarenta e poucos anos. Ambos estavam vestidos de ternos todo preto.

–Não queremos perder muito tempo com isso, então vamos logo ao que interessa. – Ele falou e notei que não tinha sotaque como Donald, seu português fluiu muito melhor, mas ainda assim imaginei que não era daqui também. – Como sabe, você foi enviada à uma missão que até então ninguém tinha conseguido nada.

–Sim.

–A mulher pela qual você foi designada a missão tem muitas informações que a CIA precisa e por isso tudo isso. – Começou a explicar e fiquei surpresa por ser a CIA, mas já imaginava que algo assim estaria envolvido nisso. – Infelizmente ela fez exigências que incluem a senhorita e como estamos com urgência e sem muita opção, vamos cumprir o que pediu... no entanto antes que digamos qualquer coisa, você precisará assinar um contrato de comprometimento e confidencialidade.

–E o que isso implicará? – Perguntei.

–Que você cumpra o que for mandado e não diga para ninguém nada do que for feito. Poderá conversar com Walter, conosco e com outra detetive que Walter indicou. – Kevin olhou para meu chefe.

–Lívia.

–Exato... não temos como abrir mão dessa burocracia. – Ele me encarou e vi como seus olhos eram claros. – Você precisa de tempo para pensar? Digo logo que não temos muito.

–Não. Eu vou assinar já. – Respondi. Já tinha passado tempo demais pensando nisso e não era como se fosse uma surpresa.

–Certo. – Ele disse e Donald abriu sua maleta e tirou uma pasta com algumas folhas.

–Esse é o contrato. – O mais velho disse me entregando.

Olhei para Walter interrogativamente e ele balançou a cabeça em sinal de confirmação. Provavelmente ele já havia lido esse contrato e eu confiava o suficiente para não precisar ler novamente.

Peguei a caneta que estava em cima da mesa de centro e assinei em todas as folhas, autenticando que eu estava de acordo com tudo.

Entreguei de volta os papéis para Donald, que recolheu e guardou em sua maleta.

–Certo, agora podemos começar... – Kevin falou. – Nos encontraremos amanhã num local determinado e serão passadas as instruções para você... já adianto que trabalhará diretamente com a criminosa e provavelmente terá contato com ela já amanhã, caso precise se preparar.

Ambos se levantaram e eu fiz o mesmo.

–Um prazer trabalhar com a senhorita... espero que faça um bom trabalho. – O mais novo estendeu a mão para mim e apertei.

–Não terá muitas aberturas para falhas, senhorita Diana. – Donald foi quem disse e ambos saíram da sala, me deixando sozinha com Walter.

A Incógnita Savoia (PRÉVIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora