Capítulo Vinte e Três

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Oii gente, espero que gostem do capítulo e me digam suas opiniões, teorias...



–Oi. – Respondi.

Savoia se aproximou um pouco mais, ficando bem perto de mim.

–Abra os braços. – Ela falou e obedeci, no mesmo momento percebi que ela queria me revistar. – Com licença.

Suas duas mãos percorreram meus braços, seguindo para meu tórax, onde ela passou a mão mais rapidamente e voltou para meu cabelo, passando a mão perto de minhas orelhas, onde parou. Eu tinha parado de respirar enquanto ela fazia isso e não tinha percebido.

–Tire os brincos. – Ordenou séria, ainda próxima a mim.

–Por que? – Questionei.

–Só tire, Diana. Por favor.

Suspirei e fiz o que pediu. Ela se afastou um pouco, estendeu a mão e entreguei o par de brincos. Eu tinha acabado de chegar e uma coisa já estava dando errado, que ótimo!

–Eu disse que não queria que gravasse. – Ela falou sabendo que estavam a escutando. – Poderia quebrar esse aparelho de vocês, mas estou de bom humor hoje. Trato é trato.

Savoia foi até a porta e deu duas batidas, me encarou antes da porta ser destrancada e abrir, se virou e entregou os brincos para o segurança do lado de fora. Depois que a porta foi trancada novamente, voltou para perto de mim e analisou meu rosto.

–Está melhor? – Perguntou e notei que seu tom sério de antes não estava mais presente em sua voz.

–Sim, melhorando. – Respondi. – Não lembro muito bem o que aconteceu exatamente.

–Não vamos falar disso, já passou e que bom que está melhor. – Ela falou com um um olhar chateado e saiu de perto, se sentando em um dos sofás. – Sente-se.

Sentei no mesmo sofá, mas distante dela. Seu olhar estava bem diferente do que eu estava acostumada a ver dentro do presídio, parecia menos duro, menos sério.

–E então, como vamos fazer isso? – Perguntei.

–Você é boa de memória?

–Sim, por que?

–Porque você vai precisar guardar as coisas que eu disser.

–Tudo bem. – Não, não estava tudo bem... mas eu sabia que pra conseguir algo, eu precisaria agir de acordo com a música dela.

–Explico melhor depois... vamos começar falando de como chegamos até aqui. – Savoia se acomodou melhor no sofá e virou de frente pra mim.

Eu estava um pouco perdida, mas não falaria nada. Ela parecia estar focada em começar logo isso e falar o que precisava. Várias dúvidas se passavam pela minha cabeça, mas imaginei que ela fosse responder naturalmente depois.

–Bem, primeiro vamos falar de quando você chegou no presídio... como eu te disse lá dentro, eu sempre soube quem era você desde o início, assim como também sabia que mandariam alguém como infiltrada para descobrir coisas sobre mim, só não imaginava que o resultado seria esse...

–Qual? – Interrompi.

–Deixe as perguntas para depois, mia cara... Enviaram detetives, advogados e diversas pessoas para conversar comigo, tentaram diminuir minha pena, ofereceram me colocar em qualquer outro presídio que eu quisesse, tudo para que eu falasse o que sei... logo você vai entender melhor o porquê de tantas recusas vindas de mim, mas o fato é que eu sabia e torcia para que enviasse alguém que fosse mais humano, que conseguisse enxergar por si só e felizmente mandaram você...

A Incógnita Savoia (PRÉVIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora