Prólogo - Parte III

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As imagens da operação estavam sendo exibidas em todos os jornais do país. Manchetes com o título de "Time dos Sonhos" ou "Novas Promessas" não paravam de surgir nas redes sociais.

Na televisão do motoclube Asas Flamejantes, a ação era noticiada a cada trinta minutos.

— Mais uma rodada para os heróis do momento! — disse Montanha, o dono do estabelecimento, trazendo uma bandeja cheia de garrafas. — Essa é por conta da casa.

Numa ação conjunta da época de academia, SkyFalcon e Silent Samurai haviam evitado um assalto no motoclube, acontecimento que tornou o proprietário local um dos primeiros fãs da dupla. Montanha era corpulento, de rosto fechado e um estilo rústico, mas também recepcionista e admirador dos formandos da Hashiman no Gakkō.

— Acho que o senhor vai se arrepender dessa decisão — Lwyn sorriu maldosamente ao ver Shizuka beber todo o conteúdo da garrafa em um único gole.

— É uma celebração ou não, moranguinho? — riu a venator-ursa.

— É uma celebração, sim! — respondeu Montanha, colocando a bandeja de baixo do balcão e pegando uma garrafa para si. — Aos caras que derrubaram Sao Fugisaki!

— Isso, um brinde a melhor boyband do mundo! — brincou León.

— Aos Magni-V! — brindou Iori, sendo seguido pelos demais com risos e gritos de comemoração.

— Aí, alguém sabe do Katsuo? — perguntou Lwyn. Assim como Akechi, não tomava nada alcóolico, por isso se contentava com um chá.

— Ele disse que não conseguiu voltar a tempo — respondeu Anastácia.

— Uma pena, faz tempo que não conseguimos reunir todo mundo.

— Olha só, o Terry! — chamou Shin, fingindo surpresa. — Você está na tevê de novo!

O resultado de hoje é fruto de quase um ano de investigações, e estamos muito satisfeitos de termos conseguido trazer esse criminoso à justiça... — dizia SkyFalcon na televisão.

— Ele está ficando envergonhado, que gracinha — brincou Lwyn, apontando para o topetudo, e logo em seguida dando um beijinho no namorado. — Está mais aliviado, né?

— É como tirar um piano das costas — sorriu Iori, estalando o pescoço.

— Eu acho que deveríamos transformar isso num jogo — disse Shin, com a atenção focada na TV. — Toda vez que essa notícia aparecer, a gente toma uma dose.

— Vamos ficar bêbados — respondeu Akira, que se sentava com a cadeira ao contrário, apoiando os braços no encosto dela.

— Fale por você, ruivinho — provocou Shizuka, que já tomava outra garrafa sem apresentar nenhum sinal de embriaguez.

Hiro olhava admirado enquanto tomava um copo de água.

— O metabolismo dos venatores é realmente impressionante. Tão impressionante quanto o do Terry.

Terrence devorava um hambúrguer enorme.

— Passa o tempo, mas algumas coisas nunca mudam — disse León.

— Espero que não mudem — salientou Shin.

— Eu discordo — disse Kaori, que parecia alheia a conversa. — Todos nós mudamos com o tempo, e isso é uma coisa boa. É importante seguir em frente, sem esquecer de quem costumávamos ser. É o que acho.

Por um segundo, todos ficaram calados junto das palavras reflexivas.

— Aproveitando esse momento de mudanças — Terrence colocou-se de pé. — Essa provavelmente será a última vez que Akechi e eu veremos vocês por um bom tempo. Comentamos isso há algum tempo, mas finalmente aconteceu. Finalmente conseguimos a licitação e vamos montar a nossa própria agência.

SkyFalcon e Silent Samurai - KamagasakiOnde histórias criam vida. Descubra agora