8 - Resolvendo alguns conflitos e criando outros

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- Ouçam bem

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- Ouçam bem. - Falei, para a equipe de marqueses na sala de reuniões. Toda a organização do reino unida, com exceção dos duques, estes só me arrumavam problemas. - Primeiro, mandaremos mantimentos do castelo para Nígeri por uma organização interna, só quero gente de confiança envolvida. O sistema hídrico de lá está em reforma, contratem mais gente, quero isso pronto antes do fim do mês.

- Daqui uma semana? - Perguntou um marquês, incrédulo.

- Isso mesmo. Continuando. Vou para Délle amanhã, negociar com os caminhoneiros. Não mandaremos mais o dinheiro da obra para o duque, a contabilidade do castelo deve fazer um orçamento, Olivier escolherá uma empresa de confiança e devemos começar isso ainda amanhã. Quanto ao caso de Lian Colins. - Olhei diretamente para o marquês cujo filho fizera aquela confusão. - A fiança foi revogada junto com essa condição da lei, o caso será reavaliado e o culpado deve ser punido. Não admitimos impunidade por título, como puderam ver, isso desagrada o povo.

- Não pode fazer tudo o que é "agradável" ao povo. - O marquês disse.

- Não posso é colocá-lo contra mim. - Rebati, na hora. - Assim como nenhum de nós. Como marquês, o senhor deve ter estudado Maquiavel, não? Nunca fique contra seu próprio povo, é uma lição boa e simples. - Ele não falou mais nada. - Alguém tem alguma pergunta?

Todos me olhavam como se eu tivesse perdido o juízo, mas não disseram nada.

- Ninguém? Ótimo. Reunião encerrada, vamos ao trabalho.

Falei e saí às pressas para o gabinete onde alguns minutos depois o Duque de Délle chegou.

- Sente-se. - Mandei, num tom que lembrava mais o meu pai do que eu gostaria de admitir. - Te chamei aqui hoje para discutirmos a situação de Délle.

- Claro. - Ele se remexeu na cadeira, desconfortável.

- O senhor, melhor que eu, entende a gravidade do que está acontecendo, até porque Délle se tornou praticamente inacessível.

- Claro que sim. - Afirmou, ofendido com minha observação óbvia. - Os prejuízos que recebemos foram enormes, a economia foi de mal a pior, a verba pública que estamos tendo que gastar é exorbitante.

- Dá para ver considerando que quase metade do dinheiro enviado para pagar as construtoras contratadas misteriosamente sumiu da conta sem nunca chegar às empresas. - Ele ficou um pouco mais pálido, mas manteve a pose. - Mas obviamente o senhor não sabia disso. - Falei, sem desviar os olhos dele, me apoiando nos antebraços sobre a escrivaninha. - Porque, como um duque de Arabelle, tens conhecimento de que qualquer acidente como esse deve ser imediatamente informado à Coroa e também conhece a punição por tal crime. A traição de qualquer membro da Corte para benefício próprio em detrimento do povo é algo inaceitável e pode levar a uma destituição de um cargo... ou de uma dinastia. Mas é claro, apenas se fosse intencional. - O encarei com atenção, fitando meus olhos nos dele que não sustentaram a conexão, fugindo para qualquer outro ponto da sala. - Presumo que tenha sido apenas um mal entendido este, não?

Rainha Imprudente [REVISADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora