18 - Os monstros reais e imaginários

15 3 0
                                    

Tudo estava escuro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tudo estava escuro. Eu não fazia ideia de onde estava, só que era um lugar muito amplo e que tudo era muito escuro, uma luz fraca vinha de cima de mim, como se estivesse de noite, em um lugar longe da cidade e o céu estivesse nublado.

- Olá? - Minha voz vibrou em eco naquela amplitude deserta. - Tem alguém aí?

Ao caminhar por ali, comecei a sentir frio. Esfreguei os braços, tentando aquece-los, estava usando minha camisola de verão e ela não tinha mangas, a barra roçava levemente minhas canelas enquanto eu caminhava sem rumo algum.

Então, no meio daquele silêncio aparentemente inabalável, ouvi um ruído às minhas costas, quase como passos. Virei-me rapidamente, mas tudo o que vi foi o mais completo nada.

O ruído ecoou mais uma vez atrás de mim, como se algo se arrastasse, virei-me novamente, mas não vi coisa alguma.

O coração estava acelerado quando comecei a correr, quase podia ouvir os passos ecoando atrás de mim, mas ao olhar para trás não via nada, só escuro. Quando olhei para trás uma última vez, bati de frente com algo sólido à minha frente. Era semelhante a uma parede, mas como tudo ali, parecia ser formado do mais concreto breu.

Caída no chão, tapei os ouvidos com as mãos, tentando abafar os sons dos passos que calmamente se aproximavam.

- Você está sonhando! Acorde, acorde agora, vamos, acorde! - Falei para mim mesma, mas apenas dizer aquilo não me despertou e nem fez aquele lugar ficar menos aterrorizante.

Então os passos pararam. E quando abri os olhos, vi alguém vestindo um terno de linho bege, um chapéu estranho e enorme cobria parte do rosto da criatura que se abaixou à minha frente, revelando apenas uma boca sorridente com dentes pontudos e saliva saliente.

Os dedos longos da criatura encontraram meu pescoço carinhosamente, mas a pressão foi aumentando até que começassem a me sufocar e eu não pudesse gritar ou mesmo respirar.

- Ah! Solta! - Exclamei, abrindo os olhos.

Eu estava no meu quarto, na minha cama, estava arfando e não pude evitar levar as mãos ao pescoço como se ainda pudesse senti-lo ser pressionado. Alguém acendeu uma luz e vi uma Josie assustada me encarar da porta.

- O que aconteceu, senhorita? - Ela perguntou.

- Eu só... só tive um pesadelo, Josie, não foi nada.

- A senhorita está bem?

- Acho que sim. - Afirmei, pousando as mãos trêmulas no colchão. - Agora já passou...

- Eu vou pegar um copo de água para a senhorita, espere um momento.

Ela partiu e sozinha no quarto, olhei para as portas de vidro que levavam à varanda, lá fora estava escuro como o maldito sonho. Levantei e fechei as cortinas com força, escondendo aquela paisagem.

Rainha Imprudente [REVISADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora