35 - Uma sutil representação dos Romanov

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Seguimos por uma das passagens secretas

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Seguimos por uma das passagens secretas. Ninguém, além dos que nos acompanhavam, nos via ou ouvia, um atrás do outro, andávamos escoltados pelos guardas de Henry através dos corredores de iluminação rudimentar.

Chegamos a uma câmara antiga, totalmente feita de pedra, as paredes, o teto e o chão. O que já mostrava que estávamos numa das partes mais profundas e antigas do castelo. A única lâmpada que iluminava a sala oscilava ocasionalmente, ameaçando extinguir sua luz.

Os guardas nos colocaram enfileirados na parede, Agnes e Anna lado a lado entre mim e o nosso pai e Alinna como a última da fila, quase encostando na parede oposta. Olhei para todos eles pensando que seria a última vez que veríamos uns aos outros. Íamos morrer todos juntos na vala mais escura do nosso próprio palácio.

- Com quem eu começo? - Henry disse, puxando as mangas da camiseta, deixando os pulsos a mostra e olhando para nós ao pegar a arma na cintura. - Acho que com as mais novas, - Ele apontou a arma para Agnes que se encolheu atrás de papai, soluçando. - seria cruel permitir que assistissem a tudo.

Me coloquei na frente de Anna, segurando sua mão como pude, as minhas amarradas às costas, as dela amarradas para frente.

- São crianças, Henry. Deixe-as vivas, não te causarão problemas. - Ele balançou a cabeça.

- Sinto muito. - Falou, mas não parecia sentir. - Linha sucessória, vossa alteza. Não pode sobrar ninguém. Além do mais, crianças crescem. Vamos lá. - Ele mirou em Alinna, pronto para puxar o gatilho.

- Não! - Exclamou papai.

- Por que está fazendo isso? - Perguntei, a voz soou fria, mas meu coração estava acelerado. Eu precisava ganhar tempo para Aysha e Julian e se Anna fosse mais rápida... - Por que não mandou alguém? O anonimato te salvaria. Vir aqui pessoalmente não faz sentido. Colocou uma armadilha aos próprios pés.

- Está falando demais. Anseia a morte, princesa?

- Se pelo meu reino e minha família, morrerei com honra.

- De que valerá a honra quando estiver a sete palmos do chão?

- Que falta ela fará quando você receber a coroa? - Ele sorriu. Aquele mesmo sorriso felino com o qual eu estava habituada.

- Bem pensando. Você é astuta. Por isso me surpreende que não tenha entendido tudo antes.

- Você não respondeu minha pergunta. Por que veio resolver isso com as próprias mãos?

- Ora, eu bem que tentei resolver por terceiros, mas, diga-se de passagem, você é uma pessoa difícil de matar.

- Gregory falou a verdade. - Comentei, pensativa. - Foi você, não foi? Desde o envenenamento. Os atentados começaram quando eu fiquei noiva. Não queria que o acordo de paz fosse selado. - Refleti, pondo os pontos nos is. - Mas porque não desistiu quando rompi o noivado?

Rainha Imprudente [REVISADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora