14 - Promessa de família

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Acordei no meio da noite com a babá eletrônica ao som de um dos gêmeos chorando

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Acordei no meio da noite com a babá eletrônica ao som de um dos gêmeos chorando.

Sentei e não demorei a levantar, Alec apenas se remexeu do outro lado da cama, se cobriu e voltou a dormir.

- Belo instinto de guarda. - Resmunguei, ao levantar e seguir pela porta que ligava meu quarto ao dos bebês.

Acendi a luz e caminhei até o berço de Flor, mas ele estava vazio. Assustada, olhei o de Thomas, mas ele também não estava lá, somente as mantas e lençóis ocupavam os berços, mas nem sinal dos meus filhos.

Eu ainda estava ouvindo o choro e tinha certeza que era Flor. Voltei para o quarto. Alec também não estava na cama.

- Alec! - Gritei para o quarto escuro. - Alec, onde você está?! Os gêmeos sumiram, você não está ouvindo?! Alec!

Ele nunca respondeu. Corri para fora do quarto, esquecendo Alec completamente e focando apenas no choro que parecia cada vez mais distante pelo corredor escuro.

Naquele momento, Thomas também estava chorando e o pior é que aparentemente os sons estavam vindo de direções diferentes. Parei no meio do corredor, sem saber para onde ir, não sabia onde eles estavam ou onde estava o resto da minha família e nem qual dos dois precisava mais de mim.

Corri para esquerda porque o som parecia mais distante desse lado e quem quer que estivesse com meu menino estava mais longe.

Por mais que eu corresse, não parecia ser o suficiente, mas eu ouvia os dois chorando alto, chamando, e eu simplesmente não conseguia encontra-los enquanto o tempo passava e alguém os levava embora.

- Não... - Falei enquanto descia as escadas do salão principal e via alguém correr à minha frente saindo do castelo com Thomas no colo. - Pare! Guardas, peguem aquela pessoa! - Gritei, correndo e pensando que a escadaria não tinha fim. - Estão levando o meu bebê!

Cheguei às portas abertas da saída, mas tudo o que vi foi o jardim vazio, iluminado pelas luminárias de luz alaranjada e som dos meus filhos gritando. A pessoa com Thomas havia desaparecido e em nem sabia onde Flor estava.

- Não, não, não... - Repeti, desesperada, chorando e olhando para todos os lados em busca dos meus bebês, mas simplesmente não via ninguém, apenas podia ouvi-los me chamando enquanto eu não sabia para onde ir, ou como ajuda-los.

Nunca achei que poderia sentir tanto medo quanto sentia naquele momento enquanto andava sem rumo pelo jardim ouvindo o clamar desesperado dos meus filhos sem poder fazer nada. E mesmo assim sabia que não pararia nem por um segundo até encontrá-los.

Então acordei. Era tudo um sonho e eu estava sentada ofegante na minha cama. Joguei o lençol para o lado e corri para o quarto dos gêmeos, acendi a luz e pude ver os dois dormindo em seus berços tranquilamente.

- Ally? - Alec chamou na porta, coçando os olhos, tentando acordar. - Está tudo bem?

- Sim, está. - Respondi, me inclinando para pegar Thomas em meus braços. - Só tive um sonho ruim, não se preocupe, pode voltar a dormir.

Rainha Imprudente [REVISADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora