16 - Vivendo as loucuras de um último dia

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Percebi o burburinho pelo castelo antes de entender o que estava acontecendo

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Percebi o burburinho pelo castelo antes de entender o que estava acontecendo. Todos corriam para as janelas mais altas, acotovelando uns aos outros para olhar para fora.

Entrei em uma dessas salas no terceiro andar do castelo e olhei pela janela, vi algo estranho para além dos muros. Vi pessoas, uma aglomeração enorme com cartazes. Pensei logo que era outro protesto. E logo no meu último dia.

- O que foi? - Josh perguntou, quando saí da sala e encontrei com ele no corredor.

- Outro protesto eu acho, vamos conferir.

Falei e corri escadaria acima para a mais alta das torres. Ao chegar no alto, cansada e ofegante, olhei para além dos muros, a multidão na orla estampava uma enorme bandeira com as cores do arco-íris, tinha um trio elétrico que, como agora estava chegando mais perto, eu podia ouvir a música, mesmo sem entender muita coisa, mas ao contrário dos protestos, parecia algo muito animado.

Voltei-me para descer as escadas, pensando no que poderia ter acontecido dessa vez para deixar outra multidão irritada.

- Ei, vai para onde? - Josh perguntou.

- Vou falar com eles.

- O quê? Você perdeu o juízo?! A gente nem sabe o que está acontecendo! Se eles são contra ou a favor de você. E se seu assassino estiver lá ou coisa assim?

- Eu preciso saber o que está acontecendo. Vai ficar tudo bem.

- Como você sabe? Isso é loucura! É melhor ficar aqui e mandar alguém ir lá. Eu vou, se você quiser.

- Ah, Joshua, pelo amor de Deus. - Falei, irritadiça. - É uma manifestação, não um exército. Eu vou e ponto final. Já fiz isso antes e está tudo bem. Além do mais, vou te dizer a mesma coisa que disse para Allyssa: ultimamente o castelo está mais perigoso para mim do que as ruas de Arabelle. - Nem esperei sua resposta, apenas comecei a descer as escadas.

- Tá! Mas não venha reclamar quando isso der errado!

Ignorei ele lindamente e segui o meu caminho. No térreo, portas e janelas estavam sendo fechadas.

- O que está acontecendo? - Perguntei a Otto.

- Parte da multidão está vindo para cá. Parecem pacíficos, mas não podemos garantir nada. Mandei os guardas para o portão.

- O que? Não! Se é uma manifestação pacífica não podemos intervir. O senhor deveria ter esperado minhas ordens. - Falei, antes de escapulir pela porta da frente, caminhando até os portões.

A vantagem de ser rainha é que ninguém questionava minhas ordens. Nenhum dos guardas questionou quando mandei que me deixassem passar e abrissem os portões. Quer dizer, exceto um.

- Você vai para lá sozinha?! - Alec exclamou, mais alto que o barulho das pessoas que se aproximavam. - Ficou doida, foi?!

- Alec, levar guardas comigo só vai piorar tudo. Já basta os que estão cercando o castelo. Se é uma manifestação pacífica, temos que dar a chance de eles falarem, podem nos acusar de repressão se não fizermos isso e será muito pior.

Rainha Imprudente [REVISADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora