𝙉𝙚𝙬 𝙍𝙪𝙡𝙚𝙨 - Salvis

0.1

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Num corredor de uma escola, era possível ouvir alguns baralhos de impacto, surra e gemidos.

Eram dois garotos, num mínimo nove ou dez anos por aí. O garoto loiro estava encima do outro, que tinha uma tonalidade azulada nos capilares.

Quando o loiro pretendia socar mais uma vez a face prostética do outro, o azulado reage em ter lhe dado um soco no queixo, sendo uma reação que surpreendeu o outro já que o baixinho sempre se defendia. E nunca revidava. Aquilo o fez recuar e sair de cima de si.

Ambos se encaravam com uma respiração de cansaço, era notório ver a expressão de ódio no rosto do loiro ao olhar para o azulado.

— Criou coragem para me bater, seu bichinha de merda?  — Disse o menino dos capilares claros, ainda olhando para o outro que tentava se levantar.

— Travis, por favor! Eu não quero brigar mais, tô te implorando! — Tentava convencer seu Bully clichê em não lhe bater mais, tanto em evitar que o mesmo se desse mal quanto aos ferimentos que eram causados em seu corpo pela surra.

— Aberrações como você devem morrer — Ele se levantou, ainda irritado com o que havia acontecido. Sempre fôra muito explosivo. — E é isso que vou fazer...

Antes mesmo que o azulado entendesse, o loiro o pegou pelos capilares e lhe arrastou até o banheiro masculino. O mais fraco tentava lutar ou pedir ajuda, mas não tinha ninguém ali num momento. Travis abriu uma das cabines com as costas e abriu a tampa da privada.

— Vamos nadar, baiacu? — Riu um pouco eufórico, já pondo o pobre garoto de joelhos e ficando atrás do mesmo, onde empurrava sua cabeça para dentro da privada.

— T-Travis, por favor! Não faça isso, eles vão brigar com você! — Tentava lutar, mas o loiro era superior no requisito de força.

— Idiota! Você quem está precisando de ajuda e ainda se preocupa comigo?! É mesmo um imbecil! Vou te matar — E, por fim, conseguiu enfiar a cabeça do garotinho dentro da privada. Ele se debatia de horror e, quando dava cinco segundos, o loiro o puxava novamente para a superfície.

— E-Estou com medo... — Choramingava, tentando se soltar do loiro.

Mas foi em vão....

Ele continuou e não parou...

Até que estivesse satisfeito de suas travessuras e ter amedrontado o pobre menino.

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(...)

— Terra chamando Travis Phelps, terra chamando Travis Phelps! — Phillip cutucava seu melhor amigo no braço, rindo. Via que o mesmo estava boiando no mundo da lua.

Ambos estariam numa lanchonete próxima de suas casas, tomando o café da manhã antes de ir para escola. Eles tinham, no máximo, dezesseis anos por aí. Haviam crescido do tempo de lá para cá.

Travis estava se lembrando do tempo em que maltratava muito um garoto da face prostética numa outra escola quando mais novo e, desde então, carregava um peso em sua consciência de tanta ruindade que havia feito para o mesmo.