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Travis voltou a puxar Sal pelos braços com força, toda força que podia. O azulado tentava lhe ajudar, empurrando seu corpo com os pés. De tanto insistir, ele consegue puxar o baixinho pro seu lado e o garoto geme de dor. O loiro preocupado tenta o ajudar, mas Sal recusa a ajuda e continua a sua fuga com ele mancando um pouco.

Eles conseguem despistar os guardas e recuperam seus fôlego perto de um supermercado. Sal se sentou na calçada bem ofegante, mas não pelo cansaço e sim por outra coisa. Travis se escorou num poste de luz respirou fundo, controlando seus batimentos cardíacos.

Ainda não acreditava que havia feito esse tipo de coisa, se fossem pegos seriam presos. O loiro ainda sentia a adrenalina correr em suas veias e que aos poucos ia se esvaziando. Olhou para suas mãos que ardiam pelas feridas e sujeira e depois olhou para Sal que parecia incomodado na região do abdômen.

Ei — Travis se aproximou do azulado um pouco. — Você se machucou?

N-Não — Sal o olha, sorrindo com os olhos. Então se levanta um pouco torto e nota as feridas nas mãos de Travis. — Você quem se machucou!

Ah, isso — O loiro olha para as próprias mãos, um tanto que incomodado pela aparência. — Nem está doendo tanto.

Minha casa fica próxima daqui, vamos tratar disso. — Pegou no pulso de Travis e o arrastou até seu apartamento.

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Chegando em seu lar, Sal destranca a porta e dá passagem para que Travis passasse. Logo, fechou a mesma. O loiro foi adentrando no apartamento, olhando cada cômodo por ali. Percebeu que o garoto tinha uma vida meramente humilde.

Não somente a aparência da casa como também um cheiro familiar, um cheiro que lhe fazia lembrar de gatos. Mas não sabia o que era.

Por favor, lave suas mãos. Vou pegar alguns curativos. — Disse o azulado, indo até o seu quarto para pegar o que havia dito.

Travis o obedeceu, já que estava na casa dele e tinha que ter respeito e educação. Abriu a torneira e deixou a água gélida cair sobre suas feridas, o que lhe fez suspirar de dor. Depois a desligou e abanou suas mãos. Nisso, sentiu algo passar entre suas pernas tendo a levar um grande susto. Quase chutou um gato alaranjado para longe.

Ah! Meu deus... De onde você veio?!

Meow — Respondeu o gato, ainda esfregando em suas pernas.

Está carente, bola de pelos? — Ele se agacha um pouco e o gato ainda continua a se esfregar nele. Travis se contenta em não encostar suas mãos nos pelos do bichano. — Não posso fazer carinho, estou machucado — E percebe a coleira dele escrito " Gzimo ". — Ah, entendi. Gzimo?

Meow? — Gzimo o atendeu em prontidão, olhando-o com seus olhinhos brilhantes e as orelhas para cima.

Um gato treinado... — Ele dá um leve sorriso e se sentou no chão, encostando suas costas em um dos armários. Deu um longo suspiro e depois olhou para o gato. — Hoje foi um dia em cheio, você nem acreditaria. Sal e eu corremos e fugimos de dois guardas! — Travis riu só de imaginar como haviam corrido e tomado caminhos errados devido a adrenalina ser forte. — Pode ser loucura, mas... Eu gostei. E queria ter feito isso mais vezes se eu soubesse o quão era divertido. Eu diria que... Seu dono é uma pessoa " legal ".

Meooww... — Gzimo disse em sua língua de gato.

Travis sorriu para o felino que ingenuamente parecia lhe entender, fazendo o loiro soltar uma curta risada após alguns segundos. Então ouve a porta do quarto de Sal se fechar e alguns passos se aproximando, tendo a se levantar rápido do chão e espantar o gato para longe de si. Entretanto, Gzimo continuou na manha em ficar se esfregando em suas pernas.

𝙉𝙚𝙬 𝙍𝙪𝙡𝙚𝙨 - Salvis Onde histórias criam vida. Descubra agora