0.5

445 36 49
                                    

-•(🥀)-•


Na praça de nockfell, Travis estava próximo a um muro de pichações artísticas. Trajava uma roupa preta com capuz, como Sal havia lhe pedido para que se vestisse. O nervosismo lhe batia algumas vezes, não tendo certeza do que ia fazer. " Estou louco?!... Isso é crime, é vandalismo! " falava mentalmente para si próprio.

Quando pretendeu ir embora, uma voz familiar lhe chamou. Era Sal junto a mochila de spray do Larry. Phelps ainda estava com a ideia de desistir de tudo, aquilo era muito errado em sua cabeça. Sabem a sensação de que vai fazer uma coisa e saber que vai dar merda, mas mesmo assim faz? Então.

- Bom dia, Travis! Como está? - Sal perguntou, dando um leve empurração amigável nele. Ele também estava de preto igual ao Travis e nas costas carregava a mochila de Larry.

- O que você acha? Isso vai dar numa merda tão grande, fique você sabendo.

- E se não der?

- E se der?

- Se der, vamos estar na merda juntos. - Sal riu, se agachando e abrindo a mochila. De lá, retirou dois spray coloridos. Deu o spray vermelho para o loiro e ficou com o amarelo, sua cor favorita.

- Que seja! Vou pintar um pouco e depois ir embora. - Ele apanhou o spray em mãos e o analisou com cuidado, como se estivesse segurando um veneno pra rato.

- Vamos ver se você vai.

Travis suspirou e revirou os olhos. Via que não podia sair dali até que fizesse essa etapa do desafio. Ele se aproximou do muro e apertou a base de cima do spray, mas nada saiu. Achou que estivesse com defeito.

Então Fisher se aproximou do loiro, rindo um pouco do mesmo. Subiu o capuz do Phelps para não ser identificado e balançou o spray algumas vezes, tendo a desenhar uma estrela comum sobre o muro.

Phelps entendeu como que fazia e balançou o spray um pouco, e Sal riu da forma de como era feito.

- Qual a graça? - O loiro quis saber, olhando-o irritado.

- Parece que você tá batendo punheta pra alguém. - Gargalhou, apoiando uma mão no muro.

- Ah, vai se fuder! Ninguém nasce sabendo. - E voltou a fazer o que fazia.

Por fim, Travis conseguiu dispensar a tinta da latinha. Ficou maravilhado do modo de como fazia a arte, desenhando várias coisas aleatórias. O loiro via que aquele tipo de arte era bem mais interessante do que os quadros caríssimos de pintura do seu pai, e olhe que eram pinturas sem vida e expressão. Só os loucos são capazes de entender.

Por um outro lado, Sal fazia o mesmo. Olhava de relance para Travis algumas vezes e via sua expressão de entretenimento e o que desenhava. Pareceu que aquilo o relaxava... Será esse é um hobby que Phelps descobriu? Pensava o azulado. Não somente isso como também se prendeu em seu rosto... " Hmm... Ele é bonitinho... " Pensou Fisher, mas logo repensou o que havia pensado e afastou esse pensando de sua mente, um tanto que envergonhado.

Não que fosse ruim sentir alguma coisa pelo loiro, só que não sabia se ele poderia sentir o mesmo por si. Talvez não, tinha tantos defeitos... Principalmente em seu rosto. Pensava Sal.

Saiu de seus pensamentos profundos quando Travis atrapalhou sua pintura, desenhando um X enorme na florzinha de Sal.

- Ow! O seu lado é aquele! - O azulado apontou para o outro lado do muro.

𝙉𝙚𝙬 𝙍𝙪𝙡𝙚𝙨 - Salvis Onde histórias criam vida. Descubra agora