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Quando o azulado chegou em casa, a primeira coisa que fez foi dar atenção ao Gzimo que já se alisava em suas pernas. O baixinho fez um breve carinho no topo da cabeça do felino e foi andando até o quarto. Era estranho andar da sala até o quarto, batia uma nostalgia. Se lembrava de quando se deitou com Travis... O que foi uma das noites mais maravilhosas. Mas tinha que tirar isso de sua mente, não queria sentir isso. Não queria ter que sentir novamente. Entretanto, era difícil ter que entrar no quarto e olhar para a cama. Novamente, aqueles flashback de memória passam em sua mente, lhe fazendo sacudir levemente a cabeça para afastar tais lembranças.

Travis? Quem é Travis mesmo? Se fosse possível esquecer... Pensava o azulado.

Jogando a mochila na cama, foi pegando uma roupa para se vestir após um banho. Se refrescou e relaxou um pouco do dia que teve debaixo daquele chuveiro de água fria, não sendo um dia melhores. A sensação do vazio parecia estar presente e Sal sabia o que significava. A vontade de chorar ali mesmo era imensa e um complexo de inferioridade surgir assim do nada. Ele sabia o que era. Ele odiava isso.

Terminando seu banho, vestiu a sua roupa e foi em sua estante de remédios no quarto. Lá, pegou um frasco azul e abriu a tampa branca, dando duas leves batidas da boca do objeto na palma da mão, derramando uma cápsula. Fechou o frasco e foi até a cozinha, onde pegou um copo e o encheu da torneira da pia e tomou seu remédio. Ah, sim... Era preciso tomar, igual aos outros. Pena que não fazia efeito na hora, somente alguns minutos.

Voltando para o quarto, ele se senta na mesa de escrivaninha e abre a gaveta do imóvel. Vê que uma coisa não estava em seu devido lugar. Por um momento achou que estivesse em algum canto do quarto e começou a procurar. Além da bagunça que fez, nada achou e logo se desesperou. Pegou seu celular e discou o número de seu pai, não se importando se estivesse em seu intervalo de almoço ou não. Para o Sal era urgente!

Para a sua sorte, seu pai lhe atendeu.

Alô? — Henry falava do outro lado da linha.

Pai você mexeu em minhas coisas?! — Seu tom de voz entregava um certo desespero e incômodo.

Nem entrei em seu quarto, filho. — Disse. — Mas o que aconteceu? Sua voz parece fanhosa... Algo de errado?

Sim, pai! Meu bloco de notas da capa preta sumiu!

O seu caderninho da terapia?

Sim! Esse mesmo! — Sal andava de um lado para o outro, inquieto. Seus olhos se enchiam de lágrimas e um medo surgir dentro de si. — Pai, eu não posso perder ele... — Sua voz dava índices de choro, o que preocupou Henry.

Hey, filhão! Fique calmo, tudo bem? Sente na cama e respire fundo — Pediu ao seu filho e ele fez. Henry escutava a respiração de seu filho, o que era um sinal que ele lhe obedeceu. — Isso, perfeito. Agora vamos lá, tudo bem? Onde ele estava?

Na minha gaveta da escrivaninha...

Veja se ele caiu atrás dela. — Pediu e Sal foi averiguar. Demorou um pouco para que Sal voltasse a falar, mas não ia ser uma boa notícia.

𝙉𝙚𝙬 𝙍𝙪𝙡𝙚𝙨 - Salvis Onde histórias criam vida. Descubra agora