Capítulo IV

6.9K 678 290
                                    

Kara Zor-El Danvers Point Of View

Cisco disse que amanhã já conseguia um protótipo pra me mostrar, ele me deu um dispositivo de brechas e eu voltei pra o apartamento, assim que sai do meu quarto ouvi um barulho na sala e senti um cheiro de vinho.

- Kara? – Lena chamou.

- Sou eu. – falei.

- Você pode se sentar aqui ao meu lado? Preciso conversar com você. – Ela disse séria.

Andei até ela e me sentei ao seu lado.

- Você já jantou? – me perguntou.

- Não, mas eu posso pedir comida. – respondi.

- Eu vou pedir, o que você quer? – Lena perguntou.

- Chinês. – falei animada.

Ficamos em silencio e deduzi que ela estava pedindo a comida, encostei no sofá e desabotoei o colete e tirei o mesmo.

- Pronto. – Lena disse. – Você aceita uma taça de vinho?

- Sim. – respondi e ela colocou uma taça na minha mão. – Pelo amor de Rao Lena, o que aconteceu? Você vai desistir mesmo?

- Não, eu queria me desculpar por hoje mais cedo e ontem a noite. – ela disse. – Tenho que confessar que fiquei com medo, por causa de como seu alfa e meu Omega reagem juntos.

- Você não é a única que ficou com medo Lena. – respondi sincera. – Mas eu não sou um alfa convencional, jamais usaria isso contra você. Antes de tudo eu também sou mulher e nunca faria algo pra lhe deixar desconfortável.

- Eu não tenho costume com alguém me ajudando. – ela disse e fiquei triste. – Principalmente sem querer nada em troca.

- Lena você já está me ajudando. – falei. – Há anos eu procuro uma motivação para sair da redoma que me colocaram, esse nosso acordo me deu forças para reagir.

- E como vamos fazer com nossos feromonios? – ela perguntou preocupada.

- O que você quer fazer?- rebati.

- Não sei, em alguns momentos eu quero lhe afastar e acabar com nosso acordo. – ela disse séria. – E em outros eu quero lhe jogar em alguma superfície e deixar você me foder até eu desmaiar.

- Que tal a gente ir devagar e deixar as coisas acontecerem naturalmente. – falei com sinceridade. – Podemos nos conhecer sem deixar nossos instintos nos dominarem.

- Acho uma excelente ideia. – Lena respondeu. –Eu pensei numa coisa e gostaria de compartilhar com você.

- O que seria? -  perguntei com um sorriso.

- Você foi atropelada e isso me fez pensar na primeira vez que nos encontramos. – ela explicou com calma. –Você não anda com nada que indique que você é cega, nem seus olhos parecem os olhos de pessoas que são cegas.

- Você vai me comprar uma bengala? – eu questionei intrigada. – Pois já aviso que perdi uma infinidade.

- Você gosta de cachorros? – ela perguntou sorrindo.

- Eu adoro, mas nunca tive um. – eu disse. – Quer dizer, só o Krypton, mas ele é do Kal.

- O que você acha de um cão guia? – ela perguntou receosa.

- Nunca me deram essa opção. – falei. – Mas eu não preciso ser guiada, geralmente escuto tudo.

- Ele não precisa te guiar, precisa mostrar que pras pessoas que você é deficiente visual. – Lena disse. – E o cão guia vai ver por você e pode te livrar desses pequenos acidentes irritantes.

The Queen of the ArgosOnde histórias criam vida. Descubra agora