Capítulo III

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Kara Zor-El Danvers Point Of View

Ontem jantamos em silencio, Lena cozinha muito bem e estávamos tão envergonhadas que nem conseguir elogiar.

Ouvi a hora que ela saiu, e quando fui na cozinha tomar água encontrei sem querer um bilhete escrito em braile, gostaria de saber como ela escreveu, mas dizia que meu café da manhã estava coberto na mesa.

- Assim fica difícil não me apaixonar de verdade por você Lena Luthor. – eu falei em voz alta.

Fui até a mesa e tomei café, Rao ela sabe fazer panquecas e estavam divinas!

Coloquei a louça suja na maquina de lavar e graças a Rao os botões tinha a instrução em braile também. Voltei para o meu quarto e tomei um banho bem relaxante, escolhi uma roupa confortável e peguei o cartão da conta que nunca usei.

Sai do apartamento e fui para o shopping, caminhar na cidade era um desafio, mesmo com minha super audição e não demorou muito e fui atropelada por um motociclista, eu não me machuco, mas os humanos sim. Quando perceberam que eu estava bem me deixaram, entrei no shopping e o segurança da entrada me barrou.

- A senhorita não pode entrar. – ele disse.

- Porque não? – questionei, então ele percebeu que eu era cega.

- Não sei se a senhorita percebeu, mas está com a roupa rasgada e suja. – ele disse.

- É que eu fui atropelada. – falei. – Mas estou bem, vim comprar uma roupa e alguns aparelhos eletrônicos para cegos.

- Se quiser posso lhe acompanhar até uma das lojas. – o segurança disse solicito.

- Eu agradeço. – falei.

Ele pegou minha mão e enganchou no seu braço, entramos no shopping e ele me levou até uma das lojas, segundo ele tinha um estilo parecido com que eu estava vestindo, agradeci e uma das vendedoras veio me atender.

- Bom dia, eu me chamo Bea. – ela disse. – O que procura?

- Bom dia Bea, eu sou Kara Zor-El. – falei. – E como pode ver eu estou um pouquinho bagunçada.

- Está ferida? – a moça perguntou preocupada.

- Não, estou bem. – falei com um sorriso.

- Você quer uma roupa igual a sua ou algo mais social? – ela questionou.

- Eu gostaria de visitar minha namorada. – falei. – Ela é empresaria o que você acha mais apropriado?

- Acho que ela vai gostar de você independente do que você use. – ela disse. – Você já vestiu social perto dela?

- Desde que eu perdi a visão eu não uso social. – respondi. – Faz cinco anos e nós namoramos a um ano.

- Então eu vou sugerir um terno feminino de três peças, você é loira e aparentemente tem a pele bronzeada. – ela disse. – Acho que uma camisa branca e um terno preto ou azul escuro vão ficar lindos. – ela disse e automaticamente eu quis agradar a Lena. Rao o que ta acontecendo comigo?! – Você tem problemas com saltos?

- Eu posso andar com qualquer sapato. – respondi. – Mesmo cega, não perdi a habilidade de andar de salto.

- Então eu vou escolher um dos mais bonitos. – a vendedora disse. – Qual o seu orçamento?

- Qual seu terno mais caro? – rebati.

- Quatro mil. – ela disse e eu me perguntei o que aquele segurança tinha na mente. 

- Posso pagar. - respondi e ouvi ela sorrir.

A vendedora me levou para o provador e eu falei minhas medidas, não demorou muito e ela veio com dois ternos, colocou minha mão na etiqueta e pra minha surpresa tinha as especificações em braile. Escolhi o preto pela textura macia do tecido e a camisa branca de algodão, me troquei no provador e quando sai a vendedora ajustou algumas coisas que estavam fora do lugar e me entregou os saltos.

The Queen of the ArgosOnde histórias criam vida. Descubra agora