Lucca Godoy Bueno:
Eu deveria passar no escritório para conversar com Santos, contudo não estava com cabeça para aguentar o velho. Entrei sorrateiramente na boate, indo direto para a Sala 13. Adentrei o local sem me anunciar ou bater, sabia que estava sendo aguardado. Assim que passei da porta meu olhar caiu sobre a figura solitária no sofá. Mesmo com a iluminação sendo apenas penumbra, podia distinguir sua silhueta em qualquer ocasião.
— Até que enfim chegou, Cá! – Miguel levantou, caminhando em minha direção.
— Pelo visto já começou sem mim. – Retruquei, percebendo que sua camisa floral estava toda desabotoada.
— Não seja por isso, vamos empatar o jogo. – Sem vergonha alguma, Miguel agarrou minha nuca e tomou meus lábios em um beijo.
Senti o doce aroma de vinho em seu hálito, saboreando sua língua livre e exploradora dentro de minha boca. Não era um beijo apressado, estava mais para um Senti sua falta. Devolvi cada investida à altura, intensificando o ato. Quando o ar se fez necessário, interrompemos momentaneamente o carinho, juntando nossas testas na tentativa de acalmar as batidas agitadas de nossos corações.
— O dia foi tão cheio, estar aqui com você é tudo que eu preciso. - Confessei, sentindo a respiração descompassada de Miguel sob minha pele. Embora fosse um pouco mais baixo que eu, nossos corpos se completavam em uma deliciosa bagunça.
— É bom estar aqui, melhor ainda... – Ele não terminou de falar, investindo sua atenção em minha boca, mordendo, sugando, lambendo...
Suas mãos adentraram meu paletó cinza, explorando minhas costas com as pontas dos dedos. Uma eletricidade percorria todo meu corpo, queria mais de seu toque e desejo. Comecei a dar chupões em seu pescoço, logo enroscando meus braços ali para novamente ir a sua boca vermelha e inchada. Homem gostoso, todinho meu.
A pressão em minha calça aumentou quando Miguel apertou minha bunda por baixo da cueca. Gemi rouco, deixando minhas intenções ainda mais claras. Nossos pais estavam certos, realmente éramos a metade da laranja do outro. Sabíamos cada lugar erógeno de nossos corpos, cada vontade ou medo. E, nesse momento, tínhamos pleno conhecimento do que queríamos.
Meu paletó foi lançado ao chão antes deu pegar meu homem no colo. Ele enroscou suas pernas torneadas em volta de meu quadril, aumentando ainda mais a fricção entre nossos membros duros e os tecidos incômodos das roupas. Sentei no sofá, permitindo que Miguel rebolasse como um louco sob meu colo enquanto abria totalmente minha camisa branca. Sua boca escancarou por alguns segundos.
— Ficará só encarando? – Desafiei ao vê-lo salivar.
Palavras não foram necessárias, ele começou a sugar meu mamilo direito, colocando o máximo possível na boca. Eu gostava daquela sensação a tal ponto de já sentir o pré-gozo melando minha cueca. Meus peitos sempre foram grandes, principalmente quando tornou-se frequente minha visita à academia. Miguel gostava, tanto que intercalava entre os dois mamilos, apertando com as mãos, mordendo e lambendo o bico.
Abri sua calça e seu pênis ereto saltou, clamando por meu toque. Obedeci, tocando a glande já umedecida pelo seu próprio líquido. Meu parceiro jogou a cabeça para trás, abrindo a boca para gemer de prazer. Aproveitei para retomar os beijos em seu pescoço, intensificando o aperto em volta de seu órgão. Num lapso de consciência, Miguel puxou minha mão, prendendo-a para o alto e me deitando no sofá.
Trilhou com os lábios desde minha clavícula até perto da calça, retirando meu cinto e liberando meu membro duro. Em uma única investida, enfiou tudo em sua boca, fazendo eu arquear as costas ao sentir a ponta tocar sua garganta. Poderia gozar assim, se não fosse ele ordenar o contrário. Mordi os lábios com força, na tentativa de tardar o ápice. Ele engoliu mais duas vezes, meu corpo já suava frio, mas Miguel me encarava sorrindo, como se não tivesse feito nada tão fodidamente bom.
Miguel Godoy Bueno:
Gostava de ver Lucca todo entregue, gemendo de prazer, quase no limite. Segurei com força a base de seu pênis, ainda não estava na hora de gozar. Seus olhos imploravam por mais, porém eu queria aproveitar aquela bela visão. Passeei minha mão por seu tronco desnudo, arranhando a tatuagem em seu ombro esquerdo, beliscando mais um pouco seus mamilos. Ele soltava uns sons roucos e deliciosos, seu pau cada vez mais quente e pronto.
Queria sentir sua barba bem feita roçando em meu corpo, mas meu lado animal falava mais alto. Com a mão esquerda segurei nossos membros juntos e comecei a masturbá-los. Cá se contorcia no sofá, arranhando minha coxa. Ouvi um barulho bem baixo na direção da porta e espiei sem mover a cabeça. Uma moça baixa havia acabado de entrar e parecia muito surpresa. Meu companheiro nem percebeu sua presença, entretanto pude capturar seu olhar de interesse.
Aumentei a velocidade do movimento, utilizando, também, a mão direita para intensificar as sensações. Sentia nosso corpo latejar a cada subida e descida que eu fazia. Lucca gemia sem se conter, enquanto nossa espectadora parecia em choque, erguendo os braços para cobrir a boca. Sorri com a cena e voltei a me concentrar no ápice que se aproximava. Acabamos gozando juntos, por todo abdómen de Cá. Dei-lhe um beijo leve nos lábios, me desculpando pela sujeira. Ele riu, ajustando um cabelo que continuava grudando em meu rosto pelo suor.
— Onde pensa que vai? – Virei para a garota após perceber que ela estava tentando fugir.
— Vocês estão ocupados, retornarei mais tarde. – Lucca entendeu a presença ao ouvir a voz feminina.
— Não seja boba, você parece ter gostado de nossa ceninha. – Debochei. Cá acabou rindo do desespero presente na fala da moça. — Não se faça de difícil e tire logo a roupa. O que fizemos foi só um aquecimento.
— Como? – Era até engraçado ver a cara de desentendida dela — Por que todo mundo acha que sou prostituta? Sr. Santos me mandou aqui para ser garçonete.
— Ah, pequena, você é tão inocente assim?? – Questionei brincando. Quem seria tão lerda de trabalhar aqui e não saber o que todos fazem?
— Sinto informar, mas houve algum mal entendido. – A baixinha andou em direção à saída.
— Você que não entendeu bem. Você está aqui para nos servir. – Falei, dando ênfase na última parte, encurralando seu pequeno corpo contra a porta.
Ela olhou para o chão, provavelmente tentando achar uma saída. Perguntei se era a sobrinha do Sr. Santos e isso a fez me encarar assustada.
— Professor Miguel? – Por dois segundos buguei. Santos contou que sou professor?
Não tive tempo para pensar, pois Lucca havia terminado de limpar o abdómen, acendendo a luz. Sua expressão foi de puro choque:
— Senhorita Reyes? – Meu marido chamou a moça ao constatar que se tratava de uma ex aluna nossa. Que merda tá rolando aqui?
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Notas da autora:
O que acharam desse começo na Sala 13? O hot foi como esperavam? O coraçãozinho tremeu com esses protas gostosos? Espero os comentários de vocês pra saber tudo que estão sentindo com minha escrita 😘🌈
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Leite Proibido [HIATUS]
RomanceAna tem 21 anos e acabou de trancar a faculdade de medicina. Há pouco tempo ficou quase órfã, já que seu pai cometeu suicídio e sua mãe acabou entrando em coma após presenciar todo o crime. Precisando desesperadamente de dinheiro, acaba aceitando o...