Lucca Godoy Bueno:Acordei sozinho na cama. Miguel devia estar correndo pelo quarteirão, como costuma fazer aos sábados. Joguei uma água no rosto e desci à cozinha. Minha barriga reclamava de fome.
Coloquei uns pães na torradeira, joguei umas frutas no liquidificador e arrumei dois pratos em cima do balcão, pronto para esperar meu mozão pro café da manhã.
Como estava no horário do almoço, resolvi complementar a refeição com ovos mexidos, bacon crocante, uns tomates cereja e o resto do bolo gelado de coco que mamãe fez para nós.
Quando estava terminando de colocar a vitamina de banana, leite e morango, na jarra de vidro, escutei Miguel fechar a porta da sala. Apoiei o braço no balcão, só esperando para ver a entrada daquele homem.
Como já esperava (e não cansava de olhar), ele apareceu sem camisa, ofegante, com o cabelo querendo agarrar seu rosto devido ao suor.
Eu estava excitado e nem podia fingir o contrário, uma vez que me encontrava nu. Ele sorriu de orelha a orelha ao perceber meu corpo reagir a sua presença. Foi se aproximando de mim, enquanto tirava vagarosamente a bolsa com o celular presa ao seu braço.
Engoli em seco ao vê-lo flexionar o músculo superior. Era possível ver suas veias saltando com o movimento. Ele era um exibicionista de primeira, mas eu amava isso. Aquele sorriso safado brincalhão, aquela mão que agora agarrava minha bunda, aquele peitoral deliciosamente salgado que me deixava louco.
Quando dei por mim, estava lambendo seu corpo, mamilo após mamilo. Miguel gemia e ria, cravando seus dedos em meus cabelos, bunda e cintura. Não queria separar nossos corpos. Nenhum de nós queria.
Entrelacei minhas pernas em sua cintura, esfregando meu pênis duro ainda mais em seu short.
Fui colocado no balcão, com as pernas abertas. Miguel piscou safado e umedeceu os lábios antes de começar a beijar minha virilha. Ele queria me torturar, pois traçava com os lábios toda parte interna de minha perna, respirando quente sob meu pinto, sem nunca tocá-lo.
- Por favor! - implorei, tremendo de frustração e desejo.
Ouvi seu riso, o sussurro de um não, e desisti de ser bonzinho: segurei firme seus cabelos, olhei em seus olhos e dei-lhe um beijo selvagem.
Aproveitei a distração para enfiar a mão em sua calça, sentindo seu pré -gozo melar a cueca. Miguel estava tão duro e excitado quanto eu. Toquei a glande sensível e ele se contorceu. Passei a lamber e roçar o nariz em sua orelha direita. Segurei com força seu pinto, puxando-o para cima ao sussurrar: "Você quer mais? Então vai ter que merecer!".
Afastei nossos corpos, ainda ofegante, e abri bem as pernas, mostrando o que eu queria. Miguel parecia perdido quando nossos corpos se separaram, sabia que a orelha é sempre o melhor truque para conquistá-lo. Ele fez um biquinho, antes de morder o lábio inferior. Como podia ser tão lindo? Não sei e não conseguia pensar, pois ele tratou de abocanhar meu pinto, enfiando-o todo em sua boca gulosa.***************
Não falamos mais sobre a senhorita Reyes, apenas passamos a tarde vendo filmes de comédia e terror, intercalando o cinema com sessões de pegação. Minha distração favorita quando precisava passar a noite toda no trabalho. Sim, era dia de plantão no hospital. Não estava ansioso ou deprimido, apenas preferia ficar em casa com meu marido gostoso.
Sexo era a minha forma de aliviar o estresse, num jogo de controle e submissão com Miguel. Mas já estava na hora de me arrumar, então levantei, retirando o pau dele de dentro de mim. Ele riu na banheira, ainda em êxtase pelo último orgasmo. Eu precisava urgente de uma ducha, pois seu sêmen começava a escorrer pela minha coxa.- Tão lindo com a minha porra! - Miguel suspirou enquanto me via enfiar a mão no cu para limpar os vestígios de nossa tarde agitada.
Revirei os olhos para seu comentário, sabia que ele havia escolhido o box de vidro exatamente para poder me ver tomar banho. Contive minha vontade de provocá-lo um pouco mais, do contrário iria me atrasar para o serviço.
Em pouco tempo estava pronto, esperando o Uber chegar. Miguel ofereceu para me levar, mas não via necessidade. Despedimos com uns beijos calorosos ainda em casa. E logo eu estava no hospital, de jaleco recebendo as fichas dos pacientes.
A noite não estava tão movimentada, poderia fazer uma pausa às 3h. Normalmente não preciso do tempo de descanso, mas agora meu corpo dava sinais do esforço que fiz ao longo da manhã. Miguel tinha esse jeito de me foder forte o suficiente para lembrar durante dois dias, no mínimo. Confesso que é ótimo, contudo não sou tão jovem. Minhas costas doem.
Decidi deitar um pouco na salinha de descanso de um andar que estava em reparos. Ninguém costumava usar esse cômodo, uma vez que ainda não recebeu os móveis novos. Sabia que poderia dormir uns minutos sem ninguém questionar ou se insinuar para mim.
Pareço convencido? Talvez, contudo a verdade é que sempre tinha uma pessoa interessada em me chamar pra sair ou dizer coisas de duplo sentido, querendo se oferecer. Com Miguel era a mesma coisa, o que facilitava quando queríamos uma mulher ou homem a mais em nossas brincadeiras sexuais.
O problema é que detesto levar cantada no serviço. Aqui eu só quero ajudar meus pacientes, dando toda atenção a cada um que necessita de meus cuidados. Entro na salinha e me encaminho pra primeira cama que vejo.
O ambiente possui três beliches e opto por deitar na parte debaixo da oposta à entrada. Não acendo as luzes ou faço barulho, só me enrolo todo na coberta, permitindo que meu corpo relaxe no escuro. Os lençóis estão cheirosos, devem ter trocado a pouco. Ajeito o alarme do celular e durmo logo com aquele aroma familiar.
Imagens da tarde com Miguel passam em minha cabeça, sinto falta de seu corpo colidindo com o meu na cama. Mas calma, no sonho tudo é possível... sinto suas costas encostarem na minha; seus cabelos estão molhados. Só não gosto quando se afasta rápido de meu toque.- Ahhhhh!!!!!
Abro os olhos, virando para trás, e fico sem saber o que falar. Ana está de pé, assustada, olhando em minha direção. Seu cabelo parece um pouco molhado, porém não tenho tempo de observá-la melhor. A mesma pede desculpas e sai correndo do quarto. Permaneço calado, com uma ereção entre minhas pernas.
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Depois de muita demora, finalizei este capítulo 🙏Votem!
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Leite Proibido [HIATUS]
Roman d'amourAna tem 21 anos e acabou de trancar a faculdade de medicina. Há pouco tempo ficou quase órfã, já que seu pai cometeu suicídio e sua mãe acabou entrando em coma após presenciar todo o crime. Precisando desesperadamente de dinheiro, acaba aceitando o...