Capítulo 1

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Para todos os diamantes brutos escondidos nas sombras.

~Autora.

Tudo de belo há no reino deserto de Avalor, assim como os muitos mistérios em suas areias... E seus diamantes brutos que se escondem no escuro, meu nome é Azaya, e eu sou uma ladra.

Deslizo pelas paredes de pedra e barro e corro adiante para subir a segunda casa de teto arredondado.

— Ali está ela!

Meus olhos se estreitam para a cavidade abaixo e salto, meu corpo é apenas um vulto escuro na noite estrelada, eu rodopiei no ar de braços abertos e caí no telhado seguinte.

A essa altura já haviam me perdido de vista novamente e eu já estava novamente em fuga silenciosa.

Está certo de que roubar não é lá algo muito certo, mas os que não tem mais caminhos ou soluções devem escolher  esta trilha perigosa, a qual surge para nós quando percebemos que não há saídas no beco.

E ser uma ladra é a tal trilha perigosa, se o beco não tem saída, pule o muro ou suba os telhados.

Três entram, e três saem.

— Três entram, e três saem. -murmuro.

Salto para o prédio seguinte, minhas mãos cobertas por faixas espalmam a sua borda e me vejo o escalando e me lançando em seu topo.

Observo a cidade do reino deserto de cima, a movimentação, as tochas acesas com as luzes fae light que iluminavam dentro das casas e estabelecimentos, as tabernas, bares, restaurantes e lojas.

Ajeitei o niqab em meu rosto, o que ocultava tudo em mim exceto os meus olhos azuis como as águas cristalinas de um Oásis, como algumas pessoas podiam dizer deles.

Dou dois tapinhas em minha cintura onde um pequeno chiar das moedas de ouro tilintou. O meu lucro de hoje, mas ainda precisa de mais do que aquilo.

Observo os dois homens abaixo que pediam informação as pessoas que passavam, os quais eu havia roubado o ouro.

— Tem certeza de que não viu? Obrigado.

Eu dou três passos para trás, sendo ocultada pelo escuro do prédio.

Observo eles subirem a rua e então eu desço as paredes deslizando com graça.

Baixo o niqab para que meu rosto esteja a mostra, de forma que não possam apontar onde está a "ladra de olhos azuis"
E quem disse que ser famoso é uma dádiva? Só tolero pois minha "fama" me vem a calhar, coisas belas devem ser exibidas, de fato, mas eu sou algo maravilhoso demais para certos olhos.

Caminho despreocupada pelas ruas, observando as atrações de todas as noites, os homens que cospem fogo, os macacos malabaristas e aves falantes.

O reino deserto e suas belezas, aparentes e escondidas em cada canto.

Vejo a guarda fazer a sua ronda, as armaduras brilhantes com capas de um tom azul marinho em seus ombros, as longas e curvadas espadas sendo exibidas embainhadas em suas cinturas, aquela típica marcha sincronizada que encanta as crianças e faz outros olharem com respeito.

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