Capítulo 15

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— O que você tem? -Nihayi me cutuca.

— Eu não sei, queria muito saber. -digo com cara de poucos amigos.

Ele olha de mim para Amon que não parecia se importar com nada ao seu redor.

— Vocês brigaram? Tentaram se matar? -ele sussurra.

Eu aperto a faca em minha mão, sentindo o maldito sangue escorrer.

— Merda, Azaya! -Nihayi xingou.

Amon olha para a minha mão e com um movimento puxou a faca.

— Está querendo se matar? -ele rosna.

— Não posso morrer mesmo. -dou de ombros.

Cem anos, Azaya você tem cem anos, se controle, você não é uma maldita adolescente.

Em poucos segundos aquele ferimento estava cicatrizado.
Eu inspiro fundo, retomando a minha postura.

— O que há? -ele ergue meu queixo com os dedos.

— Te interessa? -afasto sua mão com um tapa.

Ele bufa.

— Então somos inimigos de novo? -ele pergunta.

— Não me lembro de termos deixado de ser. -desvio dele.

Ele bufa quase que desesperado.

— É, chefinho, parece que não funcionou. -assobia Red.

Amon assente decepcionado.

— Não funcionou o que? -me viro para os olhar.

— Nada! -disseram de imediato.

Eu estreito os olhos desconfiada mas deixo aquilo quieto, logo descobriria e eu tinha coisa melhor para me preocupar.

Agora, o que eu faria com o clã das bruxas de areia?
Bagunço meus cabelos exasperada.

— Tá pensando naquilo? -o príncipe sussurra.

Eu assenti.

— Já teve alguma ideia?

— Não. —murmuro— ou melhor, tive mas não queria precisar dela.

Ele suspira.

— Vai ter mortes?

— Provavelmente.

— Então vamos pra pancadaria. -ele disse.

— Eu preciso de um mapa. -olho para Red.

— Quais? -ele me olha.

— Um que tenha todo o reino deserto e além dele. -falo.

Ele assente e me chama com um movimento de cabeça.

— Venha até meu quarto, tenho muitos. -ele disse.

Eu o segui e observo Amon que vinha junto.

— A onde pensa que vai? -questiono.

Ele abre a boca.

— Não preciso de babá. -o descarto.

Ele rosna fechando a boca e eu me viro, seguindo Red pelos corredores. Até passar por uma porta e adentrar o seu quarto, rústico, com tons queimados de vermelho e uma tapeçaria de peles no chão. A enorme cama do grande homem se encontrava cheia delas, há armas por todo o canto, bem arrumadas, incluindo armas de fogo.

— Nossa. -assobio.

Ele assente.

— Eu durmo armado.

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