Imortalizado Pela Morte

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Fleur estava sentada no último banco do lado direito do banco próxima a janela observando a paisagem que passava rapidamente diante de seus olhos. O barulho dos outros jovens dentro do veículo se tornava distante enquanto ela tentava esquecer o que a desmotivava e fazia lembrar que já haviam entrado no mês de setembro.

Ele está a caminho. Pensou Fleur enquanto cerrava os olhos fortemente e permitia que o ar que passava pela janela a fizesse pensar que estava flutuando. Mas ao sentir o impacto de algo contra seu rosto a fez levantar as pálpebras, ela notou que havia uma bola de papel amassado sobre suas perna coberta pela saia azul.

Ele está um pouco atrasado. Ela dissse a si mesma ao observar todos os adolescente sorrindo com deboche. Fleur estava ficando cansada de ser o motivo de risadas dos jovens do orfanato, mas tudo o que fez fora pegar o papel atirar pela janela.

Assim que o ônibus estacionou em frente a biblioteca principal do centro da cidade, todos os jovens desceram do veículo e adentraram no edifício acompanhados por um homem que trabalhava no orfanato e supervisionava os adolescentes.

Fleur caminhou em direção à estante de livros que ficava na sessão de terror e retirou a obra Frankenstein de Mary Shelley. Ela ficou admirando a capa e as letras diferentes que foram gravadas.

Fleur ficou tão entretida em admirar a capa do livro que assustou-se ao sentir alguém passar pelas suas costas e acabou derrubando o livro no chão. Ela olhou os jovens sentados em uma mesa próximo aquela estante lançar um olhar de repreensão e quando abaixou-se para pegar a obra avistou uma mão fazendo o mesmo.

- É um ótimo livro. - sussurrou uma voz masculina entregando a obra para ela.

Fleur levantou suas íris azuis e disse:

- Obrigada.

Fora impossível que ela não percebesse uma luz neon como a coloração dos raios que cortavam os céus tempestuosos durante a noite que havia naquele par de olhos de escuros que mostravam nitidamente seu reflexo. Fleur sentiu uma conexão muito forte sem ao menos conhecê-lo, mas havia algo que a agradava e fazia sentir-se a vontade perto dele.

- Você já leu este livro? - ela perguntou curiosa.

- Sim. - respondeu. - É a primeira vez que vem a biblioteca? - acrescentou.

- É tão óbvio assim? - ela brincou.

Ele sorriu.

- É a minha primeira em um lugar tão bonito e cheio de vidas para contar. - ela disse olhando todos aqueles livros espalhados pelo ambiente.

Ele estendeu a mão para Fleur e disse:

- Me chamo Vlad.

- Fleur Valerian. - ela disse apertando a mão dele.

Ambos caminharam em direção a uma mesa próxima a janela e sentaram-se nos assentos vazios. Vlad olhou um brilho nas íris azuis da jovem e lembrou-se que Mirena carregava aquele mesmo olhar.

- Conte-me sobre você, Fleur. - ele fez uma pausa. - Por que demorou tanto para visitar a biblioteca? - perguntou.

- Eu moro em um orfanato. - ela respondeu. - E uma vez a cada seis meses fazemos um passeio a um local diferente. - acrescentou.

Ela é adotada como a Natasha foi. Pensou Vlad enquanto expulsava a lembrança dela. Ele sentia tudo doer quando ousava recordar do sofrimento que reviveu.

- Em qual orfanato você mora?

- No Westminster. - respondeu. - Mas não é bom ser rejeitada por todos. - concluiu.

Drácula - O Prometeu ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora