A Promessa de Outro Monstro

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Era uma amanhã cinza quando Vlad aproximou-se da mata que o levaria em direção a sua cabana. Enquanto ele caminhava entre árvores sentia que estava sendo perseguido.

Ao escutar um barulho galhos sendo quebrados no solo, Vlad parou de caminhar e ao virar-se de costas não se surpreendeu ao notar que era o demônio. Ele vestia um terno escuro e um sorriso debochado no rosto.

- Fiquei perguntando-me quando iria aparecer. - comentou Vlad.

- Um passarinho contou-me que você estava de volta a cidade.

- Ainda com seus olhos sobre mim, Baltazar?

- Brinque o quanto quiser, Vlad. - ele fez uma pausa. - Mas sei que não retornaria à cidade por nada. - acrescentou.

Por mais que sua filha houvesse saído com Rosyln, Vlad sabia que o demônio conhecia os locais onde poderia se esconder. Ele faria de tudo para manter Fleur segura e em segredo de Baltazar.

Enquanto ambos caminhavam silenciosamente em direção a cabana, Vlad pensava em uma maneira de manter o demônio longe e mandá-lo embora. Ele temia que Fleur e Rosyln chegassem e Baltazar as visse e deduzisse tudo.

Ao passarem pela porta da frente, o demônio assistiu Vlad sentar-se em uma poltrona velha e disse:

- A última vez que conversamos você estava obcecado em proteger sua preciosa Natasha.

- Conheço seus truques, Baltazar. - ele fez uma pausa. - Não há nada para arrancar de mim. - acrescentou.

- O que é isso, meu amigo? - brincou Baltazar. - Eu só estou aqui para cumprimenta-lo. - acrescentou.

Vlad não disse nada. Apenas observou Baltazar desaparecer e deixar seu odor exalando pela casa.

Não demorou muito para Fleur e Rosyln passarem pela porta com algumas sacolas e notarem o odor que exalava a casa.

- Que cheiro é esse, Vlad? - perguntou Rosyln colocando a mão no nariz.

- Enxofre.

- Enxofre? - questionou Fleur. - Mas...

- Um demônio esteve aqui. - ele a interrompeu. - E ele não pode saber de sua existência, filha. - concluiu.

Logo agora que descobriu quem era seu pai, Fleur não queria deixá-lo sozinho e muito menos ir embora.

Por muito tempo, Vlad vagou pelo mundo em busca de Mirena para acalmar sua mente problemática e coração gelado. Mas ele aproximou-se de Fleur e soube que ela sempre o esporou.

- Eu sempre quis encontrá-lo. - ela fez uma pausa. - E eu não irei me afastar. - acrescentou.

Ele assistiu Fleur sentar-se no chão totalmente desolada ao saber deveria ficar longe dele. Vlad respirou fundo e acomodou-se ao lado da filha sobre o chão de tábuas.

Havia muitas coisas que ele poderia dizer para afastar Fleur e várias palavras cruéis vieram a mente dele. Mas Vlad não queria partir outro coração, não dela. Ela era sua filha, e jamais iria fazê-la sofrer.

- Há muito tempo houve outro vampiro. - ele fez uma pausa. - Ele também foi chamado de Drácula. - acrescentou.

Ele não foi o primeiro? Fleur perguntou a si mesma.

Drácula - O Prometeu ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora