Sob um céu cinza há uma colina na base do vale onde muitas as almas caminham fila indiana quando desencarnam. Mas há uma cidade atrás daquela elevação e um segredo que os sanguessugas guardam como um escravo.
A cada badalada do sino invisível, os guardiões marcham pelo vale enquanto outras pobres almas se atiravam diretamente ao inferno. Algumas viviam em um vilarejo não muito distante da colina e são castigadas diariamente por trair o demônio. Durante marchavam diversas vezes sobre seu próprio túmulo, e a noite relembravam suas piores dores que vivenciaram na terra.
Mas havia um viajante imortal passando por aquele vale que precisava retornar ao mundo dos vivos. Ele havia prometido que voltaria há uma cidade em vida e em morte, e quando isso acontecesse traria o inferno consigo.
Mesmo afogando-se profundamente na escuridão com a alma destroçada, ele não iria ajoelhar-se. O que havera restado de humano, mudou violentamente, e despertou um demônio adormecido.
Não haveria mais sonhos... lembranças... resquícios do amor e da fé. Mas ele abriu os olhos e levantou-se daquela pedra de mármore. Desceu daquela montanha sentindo que havia uma missão a ser cumprida.
Sem perguntar a si mesmo no que havera se tornado, ele sabia que era indestrutível. O vampiro aniquilaria seu próprios demônios internos e contemplaria o terror que causaria com suas próprias mãos.
Enquanto ele fazia sua caminhada pelo submundo o sussurrou daquela voz feminina ainda o cercava como uma prece. Mas o vampiro estava ocupado demais para dar ouvidos a vozes do mundo mortal.
Eu ouço o fantasma cantarolando uma canção solitária que de alguma forma meu coração conhece e o enterra em um amor que sonhei.
Não um anti-herói, ou vilão do séculos. Mas um super-herói. Eu sonhei com dia em que o encontraria e a única coisa que peço é que o bom senhor proteja o meu salvador que caminha mas trevas.
Havera chegado o momento em que ele teria de dizer adeus a toda aquela dor que perseguia sua alma quebrada por perdas irremediáveis. Talvez, os resquícios das mortes nunca o abandonasse, mas elas forma congeladas e separadas para que o vampiro não soubesse os motivos que sofria silenciosamente enquanto uma força incontrolável o dominava.
Enquanto caminhava pela vila, ele sentia os olhares amedrontados das pobres almas ao som de seus passos sobre o solo. Caminhando sozinho sendo atormentado pelos fantasmas das vida que viveu através do vampiro que havera se tornado. Mas desta vez, estava morto e com outro propósito.
O céu estava completamente cinza e raios cortando as nuvens negras. Enquanto abaixo havia um enorme vale e na base dele, uma colina. Mas o vento frio e forte assolava diretamente para o sul onde pobres almas caminhavam em fila única.
Eram dezesseis almas condenadas e elas estavam caminhando para um lugar aonde todos os espíritos vão quando morrem. Mas um sussurro era perpétuo e a cada passo podiam ouvir o barulho dos açoites e gritos dos escravos que retiravam as enormes e pesadas pedras como se estivesse desenterrando alguma coisa.
Há quilômetros de distância um dos residentes do inferno avistou aquele viajante imortal e diferente das alma condenadas, ele o conhecia pelo seu nome: Drácula. O vampiro adentrou na cidade da interminável chuva de cinzas até sumir do campo de vista do desconhecido que o observava.
A cada passo sobre aquela estrada de pedras, ele observava as almas condenadas rindo dele. Talvez, elas pudessem ver o arrependimento em sua face. Mas não havia mais um fantasma ou um espírito virtuoso, talvez aquela alma já havera sido condenada a outro destino.
Drácula caminhou em direção a uma igreja abandonada e ao passar pelos umbrais daquela catedral, uma voz masculina disse:
- Você não é bem-vindo por aqui.
Ele sorriu.
- É segunda vez que você diz isso. - afirmou Drácula.
- Então, você retornou ao inferno. - disse o padre descendo do altar. - Pelo visto cumpriu sua promessa.
Silêncio.
- Mas você devia estar na colina e não...
- Antes de marchar a colina, irei aguardar o retorno de Baltazar. - ele fez uma pausa. - Assim que ele aparecer diga que eu estarei a espera de sua visita até o castelo. - acrescentou.
O padre não disse nada, apenas ficou perguntando a si mesmo o que Drácula havera feito para saber que o demônio retornaria ao submundo.
O vampiro saiu da igreja e passou pela floresta de salgueiros que morreu. Apenas o tronco e os galhos havera restado, todas as folhas secaram e caíram no solo de terra preta.
Ao passar pelo umbral do castelo ele escutou um sussurro:
Apegue-se um dia após o outro com a esperança da companhia escondida do fantasma que mora em seu coração. O tempo não irá apagar e o que você perdeu no início será encontrado no fim de sua jornada. Jamais esqueça que você é o prometeu proibido de Fleur.
Foram as mesmas palavras que Drácula havera escutado após tornar-se um vampiro. Ele sentou-se em um cadeira alta e assistiu um corvo negro pousar sobre seu ombro.
- Olá, escuridão, velha amiga. - ele sussurrou olhando para o corvo.
Naquele momento, nenhuma visão fora implantada ao redor de Drácula. Mas todos no submundo assistiram os raios partindo as árvores secas ao meio, quebrando as correntes das almas condenadas para que elas pudesse fugir dos guardiões e rachando picos e montanhas e destruindo túmulos.
Enquanto Drácula gerava o caos silenciosamente no submundo a espera do retorno de Baltazar. No mundo humano também chovia e trovejava como se o vampiro também estivesse fazendo chover na terra dos mortais.
O céu cinza acima estava quebrado e cinza. Enquanto a chuva caia fortemente por toda a cidade de Londres, havia um local isolado da urbanização onde os raios eram intermináveis e água que caia sobre a terra era robusta.
Há algumas semanas as cinzas de Vlad haviam sido enterradas em um local daquela floresta e a cabana fora abandonada. Mas não muito distante daquele casebre, Fleur também fora deitada em uma cama de rosas, seda e feita de tábuas.
Enquanto a água penetrava profundamente em toda aquela área coberta de terra granulada e árvores. No mesmo local onde Fleur fora enterrada, uma mão erguer de toda aquela área lameada. Não demorou muito para ela levantar com dificuldade e completamente molhada e suja de lama.
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Drácula - O Prometeu Proibido
Mystery / ThrillerApós a morte de Natasha, uma nova chance de amar e encontrar a alma de Mirena é concedia a Vlad. Ele viaja para Londre em busca da única lembrança da primeira vida enquanto procura pela sua amada em outro corpo. Dentro de um lugar que armazena diver...