Doce Miséria

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- Agora ela está próxima de Deus. - afirmou Rosyln.

- Eu a deitei em um cama feita de pregos e coberta por seda e rosas.

Naquela manhã cinza o sol estava preso pelas nuvens negras que emaranhavam o céu e nenhum feixe de luz conseguia ultrapassar as camadas de água e penetrar no solo. O luto de Vlad silenciou toda a floresta e enquanto olhava para terra mexida onde a sete palmos abaixo havera enterrado sua filha, Rosyln o fitava com tristeza. Ela conhecia grande parte da história e temia que o vampiro chegasse ao declínio de sua imortalidade.

Vlad estava de joelhos sobre o chão e mantinha seus dedos presos na terra granulada. Ele tinha a esperança de que algum ser celestial a traria de volta para casa... para perto dele.

- Ela partiu na noite anterior. - ele fez uma pausa. - Mas ainda sinto como se...

- Vlad. - disse Rosyln colocando a mão sobre o ombro dele.

- É como se ela ainda estivesse dormindo em meus braços.

Meu passarinho se foi. Lamentou Vlad enquanto sentia-se culpado por não ter cumprido com seu dever de pai. Ele queria ter passado mais tempo ao lado de Fleur e ter protegido ela da maldade que cerca todos que se aproximam dele.

O meu amor sei foi. Ele disse para si mesmo enquanto enterrava-se não escuridão de sua perda. As sapatilhas de Fleur não estariam mais na soleira da porta e ausência o faria cair novamente.

Vlad fechou os olhos voltou no dia em que conheceu ela na biblioteca e lembrou do olhar doce naquele par die íris azuis. Fleur o fitava como se ele fosse feito de luz e esperança, mas apesar do vampiro possuir expectativas dentro de si, não era como sua filha imaginava.

Vlad era uma história... um rompimento... um anti-herói em meio uma floresta em chamas. Ele era verdade na qual Fleur deveria ter medo, mas ela o deixou da mesma forma que o conheceu, em silêncio.

- O que é isso? - Fleur perguntou estendia a palma da mão para pegar os pontos pretos que caiam do céu.

Vlad jogou as lembranças para longe e olhou para cima. Era como o céu nublado estivesse chovendo, ele sabia o que aquilo significava.

- É uma chuva de cinzas. - respondeu.

- Mas não há incêndio.

- É porque alguém que conheço está a caminho. - Vlad disse levantando-se do solo. - Ele está forte. - concluiu.

- Baltazar? - perguntou Rosyln.

Vlad maneou a cabeça.

- Adam.

Ambos olharam para a floresta que não estava muito distante e avistaram uma silhueta saindo de trás das árvores. Vlad assistiu ele caminhando em sua direção com uma aura obscura ao seu redor e um sorriso convencido no rosto.

Ele sabia que Adam estava diferente, e a força dele era nítida. Ao aproximar-se de Vlad e notar o medo nas íris de Rosyln que estava logo atrás do vampiro, ele sussurrou:

- Eu vim prestar minhas condolências.

- Lembro-me da última vez que o vi, Adam. - disse Vlad. - Você era apenas uma silhueta obscura perambulando com medo da minha sobra. - acrescentou.

Drácula - O Prometeu ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora