Capítulo 30

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Hope Mikaelson

- Você fez o quê? - Landon quase gritou, irritado comigo.

- O que esperava? Não é nada que ele não merecesse. - retruquei, o olhando.

- Hope... - ele respirou fundo. - Há um motivo para eu não ter denunciado ele. Só um: - Landon disse, me olhando. - Eu quero que essa história acabe. Eu não queria ter que passar por tudo isso. Não quero ter que dar depoimentos do que ele fez. Eu não quero ter que reviver tudo de novo! Será que não me entende? - ele questionou, puto comigo.

- Você não precisa, Landon. - disse, o olhando. - Lan, eu fiz isso para te proteger. Você mal consegue olhar no espelho porque lembra de tudo o que aquele desgraçado fez com você.

- A única coisa que eu te pedi, foi para não se envolver. Eu disse que estava tudo bem. - ele rosnou. - Sabe qual é o seu problema? É que você nunca escuta ninguém. A sua palavra é a única que vale e pronto. A única decisão que importa é a sua. - ele disse, irritado. - Você nunca respeita nada de ninguém. O assunto é sempre você.

- Não joga isso em cima de mim agora. - pedi, o olhando. - Ele não podia continuar com isso, Landon. Porque, poderia chegar em um momento em que você não iria estar mais aqui depois de estar com ele. - olhei em seus olhos. - Ele é um monstro que precisava ser parado. Se Robert continuasse, você iria acabar morto. O que ele fez com você-...- ele me interrompeu.

- O que ele fez comigo, não é e nem nunca foi da sua conta. - ele disse, me encarando. - Pare de se meter nas merdas que não dizem respeito à você. Não está ajudando ninguém bancando a boa samaritana. - ele me encarou, sério.

- Eu espero que uma hora, veja o quão errado você está. - disse, limpando uma lágrima bruscamente. - Se você tivesse o denunciado como Rafa disse para fazer, teria se livrado de muita dor causada por ele. Você sabe que uma hora, ele iria acabar matando você. Sabe qual é o diagnostico que deram ao seu pai? Transtorno explosivo iminente. - disse, o olhando. - Nunca foi sua culpa.

Ele me olhou, em silêncio. Parecia tão perdido em seus próprios pensamentos.

- Pode sair, por favor? - ele pediu, suspirando.

Eu zombei, antes de sair do quarto e o deixar sozinho. Achei que ele ficaria mais agradecido, mais aliviado, por Robert ter sido preso depois de tudo o que fez. Mas, não. Ele insiste em continuar sendo um babaca.

Depois do comitê de boas vindas e de uma reunião com os alunos, nós fomos dispensados. Eu nunca quis tanto ir para o meu quarto. Eu nem conseguia ficar quieta. Parece que brigar com Landon me afetou mais do que eu achei que afetaria.

Decidi pintar, mas eu nem sei o que aquela pintura abstrata significava. Era uma mistura de vermelho e preto difícil de decifrar o significado.

- Talvez, só talvez, não seja uma boa hora. - Lizzie disse, atrás de mim, com um pote de sorvete nas mãos e Josie ao seu lado.

- Achamos que você precisava de um pouco de sorvete. Mas parece que descontou a sua raiva no quadro e no pincel. - Josie disse, me olhando.

- Eu nem sei o que essa merda significa. - murmurei, caminhando até a cama. Eu suspirei, enquanto me sentava. - Vamos, eu quero sorvete.

Liz sorriu de canto.

- A gente soube do que aconteceu. - ela disse, enquanto se aproximavam.

- Rafa nos contou que Landon e você brigaram. - Jô disse, me entregando uma das três colheres.

- Ah, é? E como ele sabe? - perguntei, sem dar muita atenção.

- Ele ficou aliviado pelo o que você fez. Mas disse que Landon parecia furioso quando contou. - Lizzie respondeu.

Férias de Verão - HandonOnde histórias criam vida. Descubra agora