Capítulo 18 - É agora!

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Voltamos a nos beijar, mas dessa vez com mais paixão. Ele segurou minha cintura e me fez se aproximar dele. O som do mar era uma das últimas coisas que eu ouvia, pois quando pousei a mão em cima do peito de Kim, pude sentir que seu coração estava quase tão acelerado quanto o meu, que parecia bater nos ouvidos.

- Kim – murmurei me afastando – Ki...

Tomei fôlego e sorri.

- Eu não sei como você é ainda.

- Sou bonito – ele respondeu rindo passando a mão em meu rosto.

- Foi o que meu irmão disse, mas... Eu quero sentir como você é...

- É, com toque... Posso?

- Fique a vontade – ele tirou as mãos de meu rosto e se sentou de frente para mim. Eu me ajoelhei e estiquei minhas mãos em sua direção, um pouco sem jeito – Certo... Coloque minha mão em seu rosto.

Ele segurou minhas mãos e levou ao seu rosto e depois soltou-as.

Devagar, eu comecei a explorar seu rosto, começando com os cabelos que eram macios e compridos, um pouco maiores que os meus.

- Que cor são seus cabelos? – perguntei.

Eu abaixei meu rosto e cheirei seus cabelos. Tinham cheiro de shampoo. Eu sorri.

- Você parece ser bonito – eu disse quando cheguei ao queixo.

- Eu sou – ele afirmou convencido. Voltei a mão para a sua boca e senti que o sorriso aumentava. Fiz uma careta.

- Eu acho que você está tentando me enganar.

- Sim, eu estou – disse Kim pegando em minha cintura e me derrubando na areia. Eu ri, sentindo que Skoop se afastou um pouco – Sua beleza já o suficiente para nós dois.

Sua boca cobriu a minha novamente e eu toquei seu rosto com as mãos.

- Chay...– ele murmurou sério, pouco tempo depois – Independente do que você decidir para você agora, eu vou estar do seu lado – afastou meu cabelo do rosto – Eu vou estar para sempre do seu lado.

Eu senti lagrimas nos olhos, novamente, mas antes que elas caíssem, eu o puxei para me beijar.

***

Na segunda feira seguinte, eu estava pronto para fazer a cirurgia que começaria em alguns minutos. Meu irmão, estava ao meu lado junto com Kinn, apertava minhas mãos com força, falando que me amava e que quando eu saísse da sala de cirurgia, estaria ali, me esperando.

Apenas uma pessoa podia entrar no quarto por vez. Kinn e Kim já haviam me visto e me desejado boa sorte. Porsche estava nervoso, as mãos tremendo, mas sua voz continuava grave e firme, tentando me passar segurança, já Kim estava calmo, o que me fez ficar calmo também. Ele segurou minha mão firme, falando que estaria sempre do meu lado e que esperaria por mim, ali, no hospital, o tempo que fosse necessário.

Quando voltamos para casa naquela noite em que estávamos na praia, Porsche me recebeu com um abraço, e me deu uma leve bronca por ter sumido.

No dia seguinte, após o almoço, Porsche me informou de que eu estava liberado para fazer a cirurgia e que eles estariam me dando apoio independente minha decisão. Ele começou a chorar e saiu da mesa antes que eu pudesse murmurar um “obrigado”.

O resto da semana passou tranquila, mas cheia de tensão. A cirurgia havia sido marcada mais cedo do que qualquer pessoa esperava, e isso causou uma espécie de choque em todos.

Kim, que estava sempre ao meu lado, evitava tocar no assunto, pois não isso não o agradava, era o que ele dizia.

Saímos todas as tardes. As vezes não tínhamos rumo, apenas saiamos. No domingo, um dia antes da cirurgia, ficamos em sua casa e ele me mostrou seus CD’s e sua preferencia de música que não era de toda ruim. Era bom estar com ele. Kim sempre me fazia rir, me divertia, me provocava e tinha beijos maravilhosos.

Tudo iria dar certo, eu pensei antes de largar a mão de Porsche e entrar na sala de cirurgia.

Tudo iria dar certo.

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Faltam dois

Be My Eyes - KimChayOnde histórias criam vida. Descubra agora