Resgate

615 62 194
                                    

— Albedo essa sua planta do prédio ficou incrível, mas eu ainda não consigo pensar de modo positivo... — Era decepcionante encarar a planta do prédio principal dos Fatui e não ver nenhum ponto que talvez pudéssemos entrar.

— Tem o sistema de ventilação, porém mesmo entrando nós precisaríamos de um jeito de nos disfarçar lá dentro, pegar o Kazuha e sair sem sermos pego, eles são muito mais fortes e tem mais números obviamente. — Albedo era habilidoso, ele realmente tinha desenhado a planta apenas com as informações que dei de memória... Uau.

— Se você diz, eu não lembro muito bem do sistema de ventilação, mas acho que podemos nos disfarçar de Fatuis menores, os disfarces são genéricos e usam uma máscara, é só a gente derrubar uns dois e roubar as roupas e armas. — Que saco, eu só consigo pensar no que estão fazendo com o Kazuha, que inferno! Puta que pariu! E se ja tiverem matado ele?! Eu vou acabar com a raça daqueles filhos duma puta.

—... Kunikuzushi, se acalme. Você está tremendo. — Albedo botou a mão no meu ombro de modo gentil, me fazendo relaxar um pouco, eu nem se quer tinha percebido que estava com tremedeira de ansiedade.

— Eu estou com uma dor de cabeça terrível. — Falei, suspirando. — Vamos, não podemos perder um segundo nessa bosta.

Ele acenou positivamente, e levantou do chão pegando o mapa consigo, estávamos ao redor da base dos Fatui, Albedo tinha providenciado roupas de frio para nós dois.

Era muito, muito frio aqui, Snezhnaya já é bem fria naturalmente mas algo nesse lugar em particular sempre me deixou desconfortável, desde as primeiras reuniões que fiz com os Fatui ano passado.

* * *

— Senhoras e senhores, esse é o novo membro dos mensageiros Fatui, o sexto mensageiro. Scaramouche, The Balladeer. — O velho me anunciava na frente de outras 9 pessoas, aquela era a primeira vez que eu estava os vendo.

— É um belo rapaz. — O homem alto e musculoso com o rosto completamente tapado por uma máscara preta não parecia nem um pouco empolgado com a minha chegada.

— Me pergunto que tipo de temperamento esse baixinho tem. Pierro sempre escolhe as melhores figuras. — A garota debochada em cima de um robô revirava os olhos, ela tinha cabelos marrom curto e usava um vestido de babados. — Já posso voltar a trabalhar? Administrar uma guilda em todos os bairros é complicado.

— Sandrone, de as boas vindas direito, você é sempre tão grossa, por quê? — Se pronunciou, um homem de meia idade com cabelo preto e óculos, até que parecia amigável mas bem arrogante com as palavras, rostos enganam afinal.

— Isso é tão injusto. O recém chegado já é sexto aqui sem nem fazer nada?! — Outro homem, ruivo e jovem parecia indignado com a informação. — E aí, ele no mínimo fala ou não?!

— Claro que falo. — Cruzei os braços, arqueando as sobrancelhas, eu estava com uma cara de desdém, esse povo genuínamente me incomoda. Eu só vim aqui para rivalizar com os ideias da minha mãe mesmo, não preciso socializar.

— Olha, o Tartaglia fez o novato abrir a boca, também... Chato como é. — A mulher de cabelo branco e preto ria de forma debochada.

— Humf. — Bufou o ruivo se levantando da sua cadeira com tudo. — Bem Pierro, porque ele é o sexto?!

— Ainda com esse papo... Você parece uma criança que não ganhou o doce da mamãe por fazer birra. — Revirei os olhos, fazendo questão de abrir um largo sorriso confiante, deixando com que o ruivo ficasse vermelho de raiva.

— Seu- ANÃOZINHO DE RODAPÉ!

Minhas bochechas esquentaram de raiva, caralho eu nem sou tão baixo assim, 1,56 não é tão baixo! Porque todo mundo implica com essa merda?!

O LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora