Traição

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— Certo, o mapa diz que é por aqui. — Eu falava, liderando o grupo até a localização perto do centro de Fontaine. — Heizou deve estar aqui por perto.

— Uh... Agh, pular a janela e sair correndo foi tão complicado... — Albedo disse, o rapaz teve um pouco de medo durante a descida por isso estava tremendo um pouco até agora.

— Yo! Vocês, aqui! — Ouvi a voz familiar e me virei avistando Heizou de longe, o rapaz acenava com a mão.

Fomos todos rapidamente até o garoto com cabelos cor de vinho, o mesmo que estava com uma cara horrível e alguns chupões no pescoço.

— O que foi? Você está bem? — Perguntei, e ele concordou com a cabeça. — Certeza?

— Eu só estou um pouco surpreso... Você e o Kuni realmente terminaram? — Parei encarando ele e olhei para baixo triste. — Oh...

— Não precisa fingir que está triste, eu sei que você queria isso, só falta soltar fogos. — Falei e ele me olhou bravo.

— Não fale assim comigo. Claro que queria, mas eu já estava começando a trabalhar isso com vocês, até estou fazendo amizade com o Kunikuzushi... Eu não quero ver a tristeza de vocês. — Ele disse, e em seguida me abraçou com força. — Kazuha você é meu melhor amigo.

—... Heizou... — Retribui o abraço apertando o ruivo com mais força ainda.

— Vamos achar o seu namoradinho idiota, daí você mostra para ele o quanto o ama. — Ele disse, e sorri para Heizou o vendo corar levemente. — Mas... Você tem que me prometer que aquele negócio da ligação fica só entre nós, o Kuni com certeza me zoaria pra caralho.

— Ah você tava só chupando um cara, qual o problema? — Dei de ombros o vendo ficar irritado e fazer bico. — Tá bom, tá bom. Eu prometo!

Admito, eu queria chorar nos braços de Heizou pelo Kunikuzushi, mas não tenho tempo para isso, amo o Kuni mas nem por isso vou agir igual um gatinho carente quando ele está longe de mim.

— Então, aqui diz que a localização é logo ali na frente. — Xiao disse, apontando para a fábrica antiga azulada, as luzes estavam acesas e tinha uma movimentação estranha naquele local.

— Chamaram o Ayato? — Perguntei, e Albedo fez positivamente com a cabeça.

— Ele já está mandando reforçou, vão cercar o quarteirão, então nós 5 nos fazemos de vítimas para os Fatui cercarem a gente e em seguida o Ayato cercar eles, é uma armadilha dupla, o Ayato é mesmo brilhante. — Albedo comentou de modo gentil.

— Certo, vamos ficar aqui de olho por enquanto, esperando o sinal.

* * *

— Agh... Minha cabeça dói...

Abri os olhos lentamente, vendo várias celas de vidro na minha frente, com algumas pessoas dentro, umas estavam desacordadas outras não, mas o que mais me chamou atenção foram as figuras de verde e marrom.

— Kuni! — A voz de Venti ecoou pela cela e me assustei.

— Venti?! O que faz aqui? E não me chama assim. — Perguntei, me levantando e colocando a mão na cabeça, a cela era relativamente apertada mas dava para ficar em pé e andar um pouco para os lados.

— A Columbina acabou me pegando... Culpa minha, achei que Sumeru fosse segura e boom! Capturado. — Ele disse, coçando a nuca. — Não faço ideia de como ela foi bem para onde eu estava... Estou desconfiado de umas coisas a uns dias mas não tenho indícios o suficiente.

— Senhor Zhongli... — Falei, ignorando completamente Venti e olhando o homem sentado na sua cela.

— Kunikuzushi, quanto tempo, não é exatamente a melhor situação mas fico feliz em te ver novamente, adoro todos os meus alunos. — O homem disse, de modo gentil.

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