Humanidade

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— Estamos levando esse aqui pro Childe. Licença! - Passar pelos Fatui era fácil por enquanto, porém é só questão de tempo até eles acharem aqueles 3 caras de antes, e eles obviamente vão abrir a boca sobre mim e o Albedo.

— Porque estão levando esse prisioneiro para o Tartaglia? Ele mal terminou de ser punido e já quer fazer merda de novo? — Fui parado, por um dos guardas com essa pergunta.

— É, você conhece o Tartaglia. Sempre o mais imprudente dos 11. — Dei um riso confiante, o vendo revirar os olhos.

— Humf, só manda ele não acabar com a nossa moeda de troca, Ningguang é podre de rica e o Pantalone já está a horas discutindo com ela no telefone, gente rica barganhando me assusta. — O homem me deu passagem para a sala de treinamento de Childe.

Albedo ficou lá embaixo com a Mona, trazer os dois prisioneiros era suspeito demais e nós não fazemos ideia do porque os Fatui pegaram a Mona, dói na alma admitir que talvez eu esteja preocupado com ela, pô ela ajudou pra caralho, precisa ser reconhecida também... Acho que estou realmente amolecendo que merda.

Todos os Fatui tem uma sala própria nessa base, baseadas no seu passa tempo, no que você gosta ou só uma base de operações pessoal, tipo o do Pantalone é um escritório luxuoso e o da Sandrone aquela oficina que estavamos anteriormente.

A minha sala é meio pessoal, só tem livros, jogos, alguns bonecos de treino, lâminas e armas que eu gosto de testas, marionetes estranhas que a Sandrone por algum motivo me deu, eu tenho um pouco de medo dela. Achei que se jogasse fora ela poderia me atacar e seria pior, então guardei.

Abri a porta da sala de Childe, e me surpreendi em ver o mesmo largado no chão de qualquer jeito. Parecia estar deprimido, jogando adagas na parede e as fincando no centro de um alvo qualquer.

— Hmm... Porque me trouxeram o garoto? — Perguntou desanimado, se levantando lentamente, fechei a porta tirando minha máscara. — S-scara?!

— É... — Sorri de leve, abaixando a arma que estava até agora contra a cabeça de Kazuha. — Sou eu...

— Scara!! — Childe veio em cima de mim e Kazuha rapidamente dando um forte abraço em nós dois. — Scaramouche e o seu namoradinho de branco e vermelho, vocês dois estão bem!

— C-childe você está me deixando sem ar. — Tossi de leve, mas ele só apertou mais o abraço, enquanto Kazuha sorria, senti meu rosto corar de leve com o ato de ambos.

— Eu não vou te soltar nunca mais! Você é um babaca, caralho homem eu te amo, eu sou seu melhor amigo e você só faz essas coisas comigo! — Eu observei lágrimas escorrendo dos olhos de Childe, e nesse momento eu percebi de verdade o quanto ele se importa comigo.

Eu... Eu nunca dei valor no Childe...

— C-certo... Pode ficar. — Kazuha me apertou forte junto com ele, esse que estava com o rosto avermelhado e um doce sorriso nele.

— Kuni, eu te amo. — O avermelhado deu um leve beijinho na minha testa.

Eu não respondi os dois, apenas deixei eles abraçados em mim enquanto ficava em silêncio, eu acho que talvez eu também não tenha dado nenhum tipo de chance para minha mãe se aproximar de mim, não ouvia nada que a Shogun falava por ciúmes, e... Não, a Yae é bem problemática e sem coração mesmo.

Quando Childe finalmente nos soltou, Kazuha já veio ao meu lado ficando bem próximo de mim, nós ainda nem tivemos tempo de trocar carícias direito, estava tão preocupado com tirar ele daqui.

— Como você entrou aqui? Como trouxe o Kazuha? Tem algum plano? — O ruivo estérico perguntava as coisas sem parar, suspirei negando com a cabeça.

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