Prisões

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— Quero ver o Kuni. — Eu disse com os braços cruzados encarando Ayato.

O homem havia me trazido para um quarto branco normal, com uma cama e um armário apenas, separado do local que prenderam os outros, e estava tentando falar comigo, mas sinceramente nem ele sabe por onde começar esse assunto, imagina eu?

— Kazuha você não pode falar com o Kunikuzushi ainda. — O olhei com raiva.

— Então não conversarei com você! Quero ver se o meu namorado está bem.

O homem de cabelos azuis deu um longo suspiro, se levantando da cadeira que estava e pensando um pouco.

— Kazuha você não está na liderança aqui, você é um prisioneiro, só porque temos um acordo não significa que você pode exigir tudo sem limitações! — Ele disse, e eu o encarei bufando.

— Eu PRECISO ver o Kunikuzushi para saber se ele está bem. — Ayato pensou um pouco e deu de ombros.

— Certo, eu deixo vocês conversarem por 5 minutos mas com ele dentro da cela. — Ele disse e fiquei um pouco confuso.

— Você é tão fácil de ser convencido assim? — Provoquei e o homem me encarou um pouco triste.

— Eu só queria conversar com você sobre as coisas que estão acontecendo, eu não quero e nunca quis ajudar os Fatui. Mas já que você insiste em falar com o Kunikuzushi vou colaborar. — Ele abriu a porta do local. — Me siga.

Desci indo atrás de Ayato por toda a base, para minha surpresa debaixo da fábrica antiga existia uma grande base dos Fatui, parecia um pouco aquela que eu havia sido preso anteriormente em Snezhnaya, só que bem menor, era quase como uma base secundária.

Será que os Fatui tem uma base igual a essas em todos os bairros da cidade? Wow.

— O Kunikuzushi está bem? Eu juro se vocês tiverem machucado ele! — Falei, de modo agressivo e vi Ayato revirando os olhos.

— Não seja idiota, você não conseguiria fazer nada contra eles. — Ele parou na frente de um dos guardas de uma sala bem maior do que as outras com uma grandiosa porta branca e azul. — Quero ver os prisioneiros.

— Com ele?! — O homem perguntou, e Ayato afirmou com a cabeça. — Tsk, Pantalone é um idiota de confiar em você, Ayato.

— Eu que trouxe o livro e todos os nossos inimigos, não foi? Pode bloquear os outros, só queremos falar com o Kunikuzushi, sabe? Cabelo preto azulado, olhos azul escuro, xinga meio mundo só porque deu vontade.

— Eu sei, eu sei quem é! Porra.

O homem abriu a porta mesmo de mal humor, e entrei com Ayato em um longo corredor, até outra porta, essa que o Ayato abriu com um cartão, e afinalmente me encontrei na frente de 7 celas de vidro com 7 pessoas dentro.

— KUNI! — Gritei, correndo na direção da cela com o rapaz mais lindo do mundo, até preso ele consegue estar perfeito, Ayato me segurou pela gola da blusa irritado.

— Olhe para baixo. — Ele disse, e vi que o local tinha um chão com vários buracos que iam até espinhos lá embaixo.

— Porque esse lugar é assim?!?! — Perguntei com medo, me afastando das bordas para não cair.

— Dificultar a fulga dos indivíduos, obviamente. Se saírem da cela ainda correm o risco de cair e morrer. — Ayato falou de modo firme e eu andei com cuidado até a cela de Kunikuzushi.

— Kuni! — Falei, colocando minhas mãos no vidro e o rapaz me encarou sem falar nada, parecia assustado. — O que vocês fizeram com ele?! Porque ele não fala nada?!

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