Você me amaria menos (me amaria menos)
Se você conhecesse os lugares que eu fui? (Sim, sim, sim)Se você soubesse o dano que eu causei? (Dano que eu causei)
Você me amaria menos agora? Não, não, não, não, não, não, não, não
(Agora, você me amaria? Agora, você me amaria?)Você me amaria menos (você me amaria menos)
Se eu tivesse um dólar pelos meus pecados?
Se você conhecesse as camas em que eu estive?Você me amaria menos? Não, não, não, não, não, não, não
(Sim sim, sim sim, sim sim, sim sim)Love Me Less - MAX feat. Quinn XCII
Espalmei as mãos umas nas outras mais uma vez e as escondi embaixo do cobertor, voltando a concentração para os rabiscos à minha frente. Eu sabia que as tardes de inverno de São Francisco eram conhecidas por serem extremamente geladas, mas nunca havia visto ventos tão cortantes como estavam hoje. Percebi isso enquanto observava pela janela o movimento dos galhos das árvores e as poucas folhas existentes neles. Realmente não parecia que estávamos a poucas semanas da primavera.
— Aqui. — Peeta disse, estendendo um dos cappuccinos que trazia nas mãos. — Trouxe um pra você.
Peguei o copo de suas mãos, sentindo o calor da bebida atravessar o recipiente de isopor.
— Obrigada. — respondi. — Você pediu sem café?
— Pedi. — ele revirou os olhos, porém riu.— Você não precisa se preocupar, Morena. Eu conheço você.
Experimentei um gole do achocolatado e suspirei, tentando reorganizar as ideias mais uma vez. Estávamos alcançando o momento das penúltimas avaliações do primeiro trimestre, e o tempo de estudo que tínhamos disponível era relativamente curto. Minhas tardes estavam sendo gastas rapidamente com a exaustão dos estudos e, embora ainda tivéssemos tempo para recuperar um resultado ruim, eu não queria esse tipo de pendência.
Observei Peeta relaxado em seu sofá, ouvindo alguma música em seus fones enquanto batucava uma caneta em seus jeans. Como alguém que estava atolado de conteúdo para absorver, poderia estar tão tranquilo? Quer dizer, eu sabia que ele era mais do que um bom aluno e dedicado, mas estávamos à decidir nosso futuro após o colegial e Peeta parecia um maldito de um relaxado, balançando a cabeça no ritmo da música que ouvia.
Recostei as costas na cabeceira da cama e larguei o copo quente na escrivaninha, sem conseguir tirar os olhos das palavras grifadas da folha em verde neon.
— Porque você não dá uma pausa, Morena? — interpelou ele, retirando os fones do ouvido. — Não vale a pena insistir em algo com a cabeça quente.
— Não quero parar até ter tudo isso aqui em mente. — respondi, um tanto nervosa.
— Você precisa entender a matéria mais do que decorar. — disse, levantando-se e caminhando em minha direção. — Talvez eu consiga te explicar de um jeito mais fácil, se você quiser.
Assenti, deixando que ele analisasse o roteiro de estudos totalmente rabiscado. Eu sabia da paixão de Peeta por Ciências no geral, e era incrível para mim perceber como seus olhos cintilavam quando estavam diante de qualquer coisa relacionada à isso. Se Peeta ainda não tivesse decidido o que queria seguir, eu tinha quase certeza do que poderia ser.
— Tudo bem, vamos lá. Vamos nos concentrar na genética humana. — disse, voltando a atenção para mim. — Genes Dominantes e Recessivos.
Ele deu início à sua explicação e eu direcionei toda a minha atenção para a sua voz, reparando nos momentos em que ela diminuía seu ritmo quando Peeta estava anotando algo em meu caderno. Mais uma vez, o entusiasmo era em sua voz era claramente perceptível.
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The Right Way
RomanceSão Francisco, Califórnia. Tendo que transferir-se junto com seu irmão que acabara de repetir o último ano do colegial, Katniss deixa a adorável Londres para estudar em um Internato na Califórnia. A britânica que era considerada doce e tímida, acabo...