The Right Way

CAPÍTILO 10 - RESPIRE

So I won't hesitate no more, no more

It cannot wait, I'm sure

There's no need to complicate, our time is short

This is our fate, I'm yours

I'm Yours - Jason Mraz

— Johanna, volta aqui... — chamei calmamente, embora estivesse entrando em ebulição por dentro. Cerrei os punhos, sentindo a marca que minhas unhas faziam em minhas mãos. — Você não vai fazer nada!

— Relaxa, Kat. Eu realmente não vou fazer nada. — respondeu ela pausadamente, sem desacelerar os passos. — Eu só vou deixá-lo ciente das consequências caso pise na bola com você.

— Está aí um lado de Johanna Mason que nunca pensei que veria. — Madge zombou, fechando o notebook e se colocando em pé ao ver minha expressão de desespero. — Você quer que eu vá atrás dela?

— Por favor. — implorei. Apesar de parecer estar se divertindo com a situação, Madge saiu do quarto e eu quase pude ouvir os seus passos apressados para alcançar Johanna no corredor antes que fosse tarde.

Entre todas as reações que eu havia imaginado para Johanna quando eu contasse sobre Gale, aquela nem de longe passou pela minha cabeça. Provocações, felicidade e até uma certa inveja estavam entre meus pensamentos, mas não uma real preocupação. Porém, seu comportamento não esperado era o que menos me preocupava no momento.

Agora que Gale havia me chamado oficialmente para sair, provavelmente todo campus estaria sabendo. E eu não só teria que lidar com ele, mas também com o fato de ser um dos assuntos mais comentados no colégio. E, como se ser irmã de Finnick, o britânico jogador de rugby, já não fosse o bastante para ser referência e ser melhor amiga de Peeta, o mais cobiçado jogador de basuqte, não fosse o suficiente para ser comentada, agora metade das garotas teriam mais um motivo para colocar meu nome na roda de fofocas.

Eu ainda não parava de pensar no momento em que sua mão agarrou a minha antes que eu fosse embora naquele outro dia e no sorriso charmoso que usou para me convidar para sair, acompanhado das planejadas palavras em seu suave tom de voz. Aquela cena passou e repassou pela minha mente inúmeras vezes e eu não conseguia evitar.

Recostei a cabeça no travesseiro e tentei relaxar, mas só até duas batidinhas soarem na porta já aberta. Mesmo certa de quem era, me virei para encontrar o par de olhos azuis me encarando duvidosos.

— Posso entrar? — questionou, já com mais da metade do corpo para dentro.

— Adiantaria alguma coisa eu dizer que não? — brinquei, mas ele fingiu levar a sério e se virou para ir embora. — Peeta! — joguei uma almofada em sua direção, que acabou passando a porta e parando no corredor. — Volta aqui!

— Como é que se diz? — ele retornou com um sorriso sacana nos lábios.

— Por favor, volta aqui. Eu preciso de você.

— Eu estava me referindo à um "obrigado" por trazer sua almofada de volta. — ele a largou sob minha cama. — Mas foi muito bom ouvir você admitir isso.

— Deixa eu me corrigir. — semicerrei os olhos para seu sorriso convencido. — Eu preciso conversar com você.

— Tem a ver com Johanna e Madge?

— Como sabe? — questionei curiosa, abrindo um espaço na cama para que se sentasse.

— Eu as vi correndo no hall quando estava vindo pra cá. — Peeta fez uma careta divertida. — Mas me conte o que está aconteceu.