CAPÍTULO 32 - ESTABILIDADE

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Só quero dançar a noite toda

E te colocar no meio do meu holofote

Você poderia ser minha garota poderosa

Você é minha maior conquista, garota, me deixe tocar em voz alta

Me deixe tocar em voz alta, tipo

It Girl - Jason Derulo 

— Ele está perguntando de você. — a voz do treinador Abernathy tirou minha atenção dos milhões de pensamentos que atravessavam violentamente a minha mente.

Depois do susto que todos levamos com a queda de Peeta no chão da quadra bem do meio do jogo, tiveram que trazê-lo para a enfermaria do alojamento. Johanna me acompanhou, mas Cato precisou assumir o lugar de capitão do time e fazer com que o jogo continuasse, pois caso contrário, os Lynx poderiam ser desclassificados por desistência. Mas agora, mesmo com a vitória e o time classificado para a semifinal, estávamos aflitos demais sobre o que havia acontecido com Peeta, e Cato e Johanna não saíram do meu lado nem por um segundo.

Eu me levantei e olhei brevemente para meus amigos, ciente de que teria um momento a sós com Peeta antes que todos entrassem na sala. Johanna havia dito que Madge, Annie e Finnick estavam a caminho, já que o rugby havia finalizado há apenas poucos minutos.

Empurrei a porta com cuidado. Peeta, que estava com a cabeça apoiada no travesseiro, a levantou rapidamente, e seus olhos automaticamente procuraram os meus. Aquele lugar não me agravada nem um pouco, mas vê-lo aparentemente bem depois de quase duas horas do ocorrido sem uma pista sequer era reconfortante.

— Hey. — soltei quase em um sussurro a medida que me aproximava da maca em que estava deitado. — Como você está?

Seus lábios formaram um pequeno sorriso.

— Melhor agora que você está aqui.

Toquei seu rosto, encostando meus lábios nos seus bem de leve. Quando me afastei, os olhos azuis me perseguiram preocupados e confusos, parecendo sem saber por onde começar.

— Você quase me matou de susto, sabia? — confessei cuidadosamente. Não queria que Peeta se sentisse pior do que já estava, mas também estava ansiando por saber mais sobre o que havia acontecido. — O que foi aquilo, afinal?

Peeta suspirou a medida em que negava com a cabeça.

— Eu não sei nem por onde tentar começar a explicar, Morena. A enfermeira disse que pode ter sido um ataque de pânico, uma queda de pressão ou até mesmo uma taquicardia. — os olhos cansados se desviaram dos meus como se quisesse se lembrar dos detalhes. — Em um momento eu estava literalmente no ar fazendo uma cesta e então tudo escureceu. Eu apaguei. Não me lembro de mais nada depois disso. Haymitch disse que eu caí em cima de outro jogador e que se não tivessem me segurado, eu poderia ter batido a cabeça e poderia ter sido bem pior.

Imaginar aquilo fez meu corpo estremecer.

— E você faz ideia do porque isso pode ter acontecido? — questionei, tentando chegar a uma conclusão.

— Eu acho que a pressão que têm colocado sob mim, principalmente Haymitch, tem me desestabilizado um pouco.

Peeta não estava normal desde a noite do luau e eu sentia que algo havia acontecido, ou ele não estaria agindo estranho há mais de um dia.

— Têm certeza que é apenas isso? — eu sentia que ele estava escondendo algo que não queria que eu soubesse, mas não sabia o que e nem porquê. Seus olhos incertos revelavam isso ao esperarem que eu chegasse as minhas respostas pelas minhas deduções. — Faz quase um ano que eu conheço você. É tempo o suficiente para eu decifrar que algo está errado, sabia?

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⏰ Última atualização: Oct 28 ⏰

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