CAPÍTULO 3 - O INÍCIO

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É assim que você é uma destruidora de corações

Garotos, eles gostam de um pouco de perigo

Faremos com que se apaixonem por uma estranha

Uma conquistadora, então eu canto que a-a-amo você

Como ser uma destruidora de corações

Garotos, eles gostam da visão do perigo

Faremos com que se apaixonem por uma estranha

Uma conquistadora, então eu canto que a-a-amo você

How to be a heartbreaker - Marina and the Dimonds


Olhei para meu celular checando os cinco minutos que nos restavam para então voltar à sala de aula. Havíamos acabado de sair da última aula antes do horário do almoço e já era possível ouvir os murmúrios dos alunos sobre seus planos para o fim de semana. Eu os ouvia mesmo sem querer, mas Peeta parecia um tanto alheio aos sorrisos que recebia de quase todas as garotas que passavam por nós, ou apenas os ignorava, como se quisesse indicar que não estava interessado em incluir alguma delas em seus planos. E quando eu digo quase todas, não estou exagerando.

Eu queria rir da situação, mas Peeta parecia concentrado demais em nossa conversa para eu interrompê-lo.

— Seu irmão vai às aulas de segunda à tarde inteira e treina rugby nas terças e sextas, das duas às quatro, se não me engano. — concluiu, tirando alguns livros da mochila. — É esse o tempo que temos.

— E Cato? — perguntei, alcançando-o até seu armário.

— Ele não é problema. Posso mandá-lo passear e inventar alguma desculpa a qualquer momento. Aposto que ele não se importará de passar algumas boas tardes caminhando pelo campus atrás de garotas. Ou também podemos contar para ele, mas aí vai de você.

— Vamos tentar deixar isso só entre eu e você por enquanto.

— Tudo bem. — ele ajeitou a mochila nas costas e conferiu as horas no celular. — Acho que vou precisar passar no meu quarto antes do almoço.

— Devemos esperar você para almoçar? — perguntei me referindo aos nossos amigos. Seus lábios estavam prestes a soltar uma resposta quando alguém nos interrompeu.

Era uma garota. Seus cabelos eram longos e levemente ondulados e alcançavam um tom caramelo, enquanto seus olhos puxavam uma cor esverdeada. Ela tinha uma cintura incrivelmente fina e havia algumas sardas em seu rosto angelical, o que compunha sua aparência extremamente doce. Era bonita, devo admitir.

— Peet... — ela jogou um olhar manhoso, mordendo o lábio inferior. E, sim, ela realmente havia chamado ele de Peet. — Estava te procurando.

Doce mas não inocente, claro.

— Amber. — ele a cumprimentou com um sorrindo ladeado, frisando os olhos de modo que quase pude ver a garota derreter à nossa frente. — Bom ver você.

Não sabia se ria da sua expressão agora, ou se deixava para mais tarde. Vomitar talvez também fosse uma opção. Coisas como essa aconteciam com frequência e eu até achava graça, mesmo quando algumas delas me lançavam olhares feios por ainda pensarem que Peeta e eu nos envolvíamos de algum modo. Eu já havia tentado negar, mas provocá-las passara a ser mais divertido.

— Vou encontrar o pessoal. — anunciei para Peeta, que finalmente pareceu sair do pequeno transe em que se encontrava. — Eu aviso que não precisamos te esperar.

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