CAPÍTULO 13 - ANIVERSÁRIO

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Ultimamente, eu tenho

Eu tenho perdido o sono

Sonhando com o que poderíamos ser

Mas, querida, eu tenho

Eu tenho rezado muito

Eu disse: Chega de contar dólares

Nós vamos contar estrelas

Counting Stars  - One Republic


Quente. Assim era como eu me sentia naquela manhã.

Ainda não havíamos chegado no verão, mas o clima morno da primavera já era suficiente para deixar meu corpo aquecido. Remexi meus pés embaixo do edredom, sentindo um cheiro esquisito de queimado antes mesmo de abrir os olhos. Quando o fiz, tive a visão de Johanna de costas para mim com algo brilhando em suas mãos. Tentei enxergar o que era, mas a própria luz não era o suficiente para iluminar bem o seu redor. Madge sussurrava algo para ela enquanto mexia em algum tipo de plástico que fazia barulho, mas que eu também não conseguia ver.

Pela escuridão em que o quarto ainda se encontrava, eu chutava que ainda não eram nem seis da manhã, o que me fazia questionar o porquê das minhas colegas de quarto estarem acordadas. Mas então quando Madge se virou e deixou algo sob a escrivaninha pude enxergar o que era. Um mini bolo.

Não, elas não estavam fazendo isso...

Sem chamar a atenção, agarrei meu celular no criado-mudo e cobri a cabeça com o cobertor antes de apertar um botão do aparelho e fazer com que a tela ficasse visível. O relógio marcava cinco e quarenta da manhã e então meus olhos se desviaram para a data, embora eu não precisasse checar o calendário para lembrar em que dia estávamos. Principalmente por Peeta ter me lembrado dela todos os dias.

Bloqueei o aparelho e relaxei a cabeça no travesseiro. Foi questão de segundos até o cobertor ter sido completamente arrancado do meu corpo.

— SURPRESA!

Embora o sol ainda não tivesse nascido e eu estivesse com um cansaço acumulado, aquilo não podia ser mais fofo. Era o primeiro aniversário que eu não passava em casa com minha família e com meus amigos de longa data, e aquilo tudo era um pouco mais do que eu esperava. E, mesmo não sendo a maior fã desse tipo de coisa, não pude deixar de sorrir.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, as duas pularam na cama e me abraçaram.

— Eu não acredito que vocês fizeram isso... — olhei para o criado-mudo e encarei os confeitos coloridos. — Um bolo?

— Não agradeça à nós, foi Peeta quem fez o bolo. — Jô sorriu. Madge se levantou e foi cortar a primeira fatia, quando ouvimos uma sequência de batidas na porta. Hesitei por um momento e até pensei em levantar para abrir, mas quando Johanna se levantou antes de mim, Tresh, Cato, Finnick e Peeta invadiram o quarto com seus gritos de energia.

— Feliz aniversário! — disseram juntos, abrindo os braços e formando poses exageradamente teatrais.

Eu não sabia se ria ou se brigava estarem fazendo barulho à essa hora da manhã, mas quando Cato e Tresh correram para me abraçar e dizer parabéns, não contive o sorriso.

— Obrigada meninos! — sussurrei aos dois.

— Tá ficando velha, hein, maninha! — meu irmão sorriu, abraçando-me e estalando um beijo em minha bochecha.

— Velha como você? — brinquei, pois querendo ou não agora tínhamos a mesma idade. Finnick fez uma careta.

— Entrego seu presente depois, ok? — revelou se desprendendo do abraço e eu assenti, me virando e dando de cara com a última pessoa que estava ali para me desejar os parabéns.

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