Momentos da Vida - Harry Potter

Confidências

Hermione andava pelos corredores da escola mal contendo a própria euforia. Precisava ver Gina imediatamente. Ha rry e Rony haviam acabado de deixar a ala hospitalar e tentavam atualizar suas anotações no Salão Comunal, o que dava a ela um tempo livre para conversar com a amiga.

 Chegou a biblioteca e a encontrou concentrada em fazer os deveres de casa. Sorriu para si mesma e foi até ela.

- Oi. - saudou, sentando-se em frente a ruiva. Esta apenas levantou os olhos do pergaminho e voltou a atenção ao livro a sua frente. - Tá fazendo dever de quê?

- Poções. - Gina exclamou com um suspiro. - Slughorn pediu um ensaio sobre poções estimulantes e suas aplicações. Uma chatice.

- Devia pedir ajuda a Harry. - a morena falou, observando a reação da amiga. - Ele agora é o especialista em poções.- falou, ironicamente.

- Não tem necessidade. Já estou terminando. - Gina falou, fazendo algumas anotações no pergaminho, distraidamente.

- Por falar em Harry – Hermione começou como quem não quer nada. - acabei de constatar uma coisa incrível sobre ele. Claro, eu já andava desconfiada, mas agora tenho certeza. - quando viu que a ruiva parecia não ter ouvido, disparou - Harry está apaixonado. 

Gina sentiu um baque no estômago e por um momento parou de escrever. Era verdade que havia desistido de Harry, mas saber que ele estava interessado em outra garota a abalava mais do que gostaria. Tentou disfarçar e seguir a conversa sem deixar transparecer a tristeza que ameaçava lhe tomar o coração.

- É mesmo? Ele te disse isso? - perguntou querendo parecer displicente.

- Claro que não. Ele não contou pra ninguém, mas os sinais são evidentes: ele anda distraído, fica encarando a garota o tempo todo achando que ninguém tá vendo, e o humor dele melhorou considerávelmente. Chega a ser engraçado.

- Bom, já não era sem tempo, não é? Ele precisava de outra coisa pra pensar além de Tom Riddle. - encarou a amiga pensativa, tentando parecer indiferente e fazer os neurônios funcionarem e descobrir quem era a felizarda que ganhara o amor do Eleito.

- Então, quem é ela? Não vejo Harry se relacionar com nenhuma garota além de você e eu, eventualmente Luna, mas acho que ela não faz muito o tipo dele. Será que ele está apaixonado por você? - a garota aventou a possibilidade e Hermione mostrou-se chocada.

- Claro que não. Que idéia, Gina. Somos só amigos.

- Mas amigos podem se apaixonar. Você se apaixonou por Rony e vocês são amigos.- Gina ponderou, fazendo a outra corar.

- Mas isso é diferente. Rony e eu...ah, deixa pra lá. O que conta é que nunca vi Harry como um possível amor. Quer dizer, eu o amo, mas é como se ele fosse meu irmão e tenho certeza que ele me vê da mesma forma. Além do mais, passamos muito tempo juntos e não sou eu que arranca sorrisos dele quando entra na sala. - Hermione declarou com os olhos brilhando, um sorriso de orelha a orelha.

- Então, quem...Será que ele se apaixonou pela Romilda Vane?- Gina parecia horrorizada. Nunca imaginara que Harry poderia se interessar por uma garota tão fútil e interesseira quanto a Vane. 

- Por favor, Gina. Às vezes você pode ser tão lerda quanto o Rony. - a ruiva fitava a amiga, a compreensão chegando aos poucos no cérebro.

- Não, sem chance. É impossível - declarou balançando a cabeça, ao entender que Hermione tentava dizer. Harry nunca se apaixonaria por ela.

- E por que não? - agora Mione estava entusiasmada.

- Acho que sua convivência com Rony andou prejudicando o seu juízo. - Gina declarou, com um suspiro cansado. - Olha só: Harry não me vê como uma garota. Ele me vê como uma irmã, a irmanzinha caçula, lembra? Talvez uma amiga pra jogar quadribol, rir das idiotices do Rony, pra falar mal do Snape. Só. Nada mais que isso.