Draco aparatou na rua calma e caminhou devagar. Era tarde da noite e ele não deveria estar ali, na frente da casa da noiva, parado, decidindo se deveria ou não tocar a campainha e pedir para entrar. Ele não deveria estar ali, repetiu para si mesmo. Deveria estar ainda no bar para onde Zabini e outros antigos colegas de escola, pretensos amigos, o haviam arrastado no começo daquela noite a fim de fazer uma despedida de solteiro. O plano era beber e admirar as belas dançarinas que se exibiam quase sem roupa a sua frente. Mas o plano falhara.
Enquanto bebia , ficava apenas imaginando Astória sozinha em casa, descansando para ficar linda para o casamento. Como se fosse possível. Ela era a mulher mais linda que ele conhecera. Os olhos castanhos com um toque dourado, os lábios carnudos, a pele acetinada, tão macia ao toque quanto a mais pura seda. Os longos cabelos castanhos eram os mais sedosos que ele já sentira e o cheiro dela o entorpecia e o fazia perder o controle. Então ao se lembrar das curvas generosas da noiva, dos seios fartos e do gosto do seu beijo não viu outra alternativa se não aparatar na casa dela e fazer amor com ela até o dia nascer.
Tomado pelo desejo, tocou a campainha e esperou. Viu quando a luz do hall foi acesa e pode ouvir ela abrir a trava de segurança.
- Quem é? - a ouviu perguntar e o som da voz dela o excitou mais ainda.
- Sou eu, Tori, Draco. - ele respondeu. A ouviu destrancar a porta e a abrir parcialmente e o fitar com olhar interrogativo.
- Draco! Você não deveria estar na sua despedida de solteiro, bebendo com seus amigos? - ela perguntou o fitando de alto a baixo, notando a camisa aberta no colarinho, o cabelo loiro caindo nos olhos.
- Sim, deveria. - ele respondeu dando um passo e entrando na casa, fechando a porta e, sem aviso algum, a empurrando devagar contra a parede, e colocando um braço de cada lado do corpo dela. - Mas lembrei que você estava aqui sozinha e vim te ver.
Aproximou-se mais dela, mas em vez de beijar-lhe a boca, plantou um beijo no pescoço dela, bem próximo a orelha e a viu se arrepiar e fechar os olhos.
- Você não devia estar aqui. - ela protestou baixo, com um gemido, sem o afastar. Draco continuou a beijá-la no pescoço, descendo pelo colo alvo, as mãos procurando o cinto do robe de cetim que ela usava. - Vamos nos casar amanhã. - ela ainda protestou.
- Eu sei. Mas eu não consigo esperar até amanhã para amar você. - ele declarou e esmagou os lábios dela, num beijo exigente e possessivo.
Também tomada pelo desejo, Astória começou a tirar o paletó que ele usava e a desabotoar-lhe a camisa. Sem se desgrudarem, caminharam as cegas até a sala, caindo no sofá, ela por cima dele. Sem muito esforço, Draco a despiu do robe e observou o pijama dela, um short curto de algodão e uma blusinha de alças, que davam a ela um ar de menina inocente.
- Adorei o pijama. - ele falou e ela corou.
- É o que normalmente uso para dormir quando você não está aqui. - ela falou, reparando nos bichinhos que tinham na blusa.
- E por que não o usa quando venho dormir aqui? - Draco perguntou, a mão subindo pela cintura dela e acariciando-lhe delicadamente o umbigo.
- Pelo que me lembro, quando você dorme aqui, ficamos a maior parte do tempo sem roupas. - ela declarou e ele riu.
- É verdade, tinha me esquecido desse detalhe. Você fica linda nele. Na verdade, você é linda. - ele declarou e ela sorriu e o beijou de leve, mas se afastou antes que ele aprofundasse o beijo, ficando sentada no colo dele.
- Agora, sério, Draco. Você não tinha que estar com seus amigos, aproveitando sua última noite como um homem livre?
- Eles não são meus amigos, Tori, só conhecidos. - ele fez uma careta se lembrando de Zabini e dos outros. - E eu nunca fui livre antes de conhecer você.
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Momentos da Vida - Harry Potter
FanfictionMomentos antes e depois da Segunda Guerra Bruxa